Concretizações

112 14 0
                                    

No capítulo anterior

"— Você não está mais com raiva de mim? — Ele nos leva para fora da choupana, vejo o seu cavalo se aproximando de nós com as rédeas soltas, as patas enlameadas e relinchando ao encontrar com Connor. Ele olha para o meu rosto por alguns instantes antes de assobiar para o cavalo que o correspondeu rápido vindo ao seu encontro.

— Eu fui um tolo, é aceitável que você me odeie, sinto muitíssimo pelas palavras rudes que proferi, minha jovem dama. — Segurou as rédeas me levantando e pondo o meu corpo fraco em cima do cavalo. — Vamos para casa, vou cuidar de você.

— Eu não odeio você. — Connor tem um sorriso triste conforme seguimos pela trilha de terra. Meu corpo esta cansado e meus olhos praticamente se fechando sozinhos. — Jamais poderia...

— Vamos, durma um pouco... — Sinto sua mão acariciando os meus cabelos conforme andávamos. Ele guia o cavalo acompanhando o passo do animal. — Vou cuidar de você, Sophie..."

Melth, Irlanda, Novembro de 1847

O vento sussurrava melodias suaves enquanto cavalgávamos pela trilha de terra, a penumbra da floresta nos envolvendo como um manto protetor. Eu me aconcheguei mais contra Connor, sentindo o calor reconfortante de seu corpo contra o meu.

— Como se sente, Sophie? — Sua voz era um sussurro suave, mas havia uma tensão subjacente, como se ele estivesse escondendo algo.

— Melhor agora que estou com você. — Minha resposta saiu mais automática do que eu pretendia, e eu me perguntei se Connor notara minha hesitação.

Ele segurou minha mão com firmeza, mas havia um toque de incerteza em seu aperto.

— Prometo que encontraremos uma maneira de resolver isso, juntos. — Sua voz estava repleta de determinação, mas havia uma sombra nos olhos azuis que não conseguia ignorar.

Um silêncio tenso se estabeleceu entre nós enquanto avançávamos pela trilha, e eu me vi lutando contra um turbilhão de pensamentos e emoções. Havia tanto que queria dizer a Connor, tanto que precisava entender, mas as palavras pareciam presas em minha garganta.

Finalmente, ele quebrou o silêncio, sua voz carregada de preocupação.

— Você está bem, Sophie? Parece distante.

Engoli em seco, lutando para encontrar as palavras certas para expressar o que estava sentindo.

— Connor, há algo que preciso lhe dizer. Algo que descobri durante minha jornada. — Minha voz tremia ligeiramente, e eu me perguntei se ele estava pronto para ouvir a verdade.

Seus olhos se estreitaram em preocupação, mas ele assentiu, encorajando-me a continuar.

— Durante minha busca para mudar o passado, percebi que algumas coisas simplesmente não podem ser mudadas. E... e isso inclui nosso futuro, Connor. — Minha voz falhou ao pronunciar as últimas palavras, e eu vi a expressão de Connor se transformar em uma mistura de choque e confusão.

— O que quer dizer com isso, Sophie? — Sua voz era um sussurro rouco, e eu podia ver a dor refletida em seus olhos.

Respirei fundo, reunindo toda a coragem que tinha dentro de mim para revelar a verdade.

— Significa que não importa o que façamos, nosso destino está selado. Estamos destinados a seguir um caminho predeterminado, e... e talvez não tenhamos controle sobre isso. — Minhas palavras saíram em um sussurro, mas a verdade por trás delas era ensurdecedora.

Laoch, Amor além do tempoOnde histórias criam vida. Descubra agora