Thavefell, A Bruxa Azul

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No capítulo anterior

"— És minha mulher, Banrigh. — Connor afirma, entre uma investida e outra. Suor escorrendo pelos seus corpos entregues ao prazer quase letal. — Minha!

Entregando-se definitivamente ao prazer, inconscientemente Sophie enfia suas unhas na carne pegajosa do homem, apertando os dentes em seu lábio tão forte que foi capaz de sentir o gosto metálico do sangue em sua língua. Entorpecidos, estavam entregues a forças que nunca imaginaram existir, mas que certamente não estavam dispostos a lutar contra."





Melth, Irlanda, Novembro de 1847

— Por um segundo acreditei que meu coração pudesse ter parado de bater. — Connor abriu os olhos ainda degustando da sensação orgástica que tomou conta do seu corpo, ao ouvir a voz cansada de Sophie.

— E posso considerar que isso seja bom? — Ele brincou, deixando seus dedos deslizarem para cima e para baixo nas costas dela. Um leve tremor varreu o corpo de Sophie, fazendo-a se contrair contra o peito dele. — Está tremendo? — Ele depositou beijos delicados em seu rosto. — Não me deixou que fechasse a janela, Banrigh.

― Não estou tremendo de frio, estou apenas aproveitando as sensações que o seu corpo provoca no meu. — Sorriu contra a pele quente dele.

— Foram séculos esperando você, Banrigh. — Connor murmurou contra a pele quente do rosto de Sophie, sentindo o aroma que exalava da pele dela. — Quando coloquei meus olhos em você, eu soube que era você!

Sophie olhou para ele, querendo poder enxergar os seus olhos.

— Quando foi que você me viu, realmente? Nos encontramos abruptamente no corredor da faculdade e eu nunca soube se você me seguiu até lá ou se nos encontramos por um acaso.

— Podemos conversar sobre isso ao acordarmos, meu amor. — Connor pede, puxando um cobertor de pele de urso para cobrir os seus corpos nus. — Tudo bem?

Algo brilhou nos olhos de Sophie. Algo que Connor não foi capaz de enxergar e tão pouco se deu conta. Uma ideia surgiu e Sophie se fez em silêncio, uma vez que dividir com Connor não seria prudente naquele momento.

Ao adormecer, Connor a segurou bem perto e principalmente, bem firme. Pela primeira vez Connor sentiu que tudo estava em seu devido lugar, ele não tinha nada para queixar-se naquele momento e esperou que tudo permanecesse daquela forma por bastante tempo.

***

Sophie acordou sozinha na manhã seguinte. O lado da cama onde Connor estava ocupando estava frio, os tecidos em uma confusão recente, mas o seu cheiro estava por toda a parte. Sophie lembrou-se que estava um tanto quanto embriagada na horas que se antecederam aos acontecimentos que a levou a estar nos braços de Connor, mas ela soube reconhecer que ele foi um cavalheiro em todos os momentos e que em nenhum momento deixou de cuidar dela.

Sentou-se na cama segurando contra o peito o cobertor, sentindo o efeito de sonolência pelo corpo. Ao esticar a perna, sentiu sua entrada contrair e dolorosamente a fez gemer baixinho. Depois de anos com a certeza dolorosa de que nunca mais estaria nos braços de um homem, Sophie entregou-se para Connor e permitiu-se ser levada ao vale do prazer por aquelas mãos hábeis.

Sorrindo, murmurou pequenos trechos de uma música do Bon Jovi decidida a levantar e se arrumar para o dia. Lembrou-se da ideia que teve antes de adormecer nos braços de Connor e de como isso parecia tão certo. Sophie não fazia ideia de como poderia encontrar os meios para fazê-la chegar afundo, mas certamente alguém poderia ajudá-la.

Laoch, Amor além do tempoOnde histórias criam vida. Descubra agora