Seguindo em frente.

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"Ora, qual de vós, por mais ansioso que esteja, pode acrescentar um côvado à sua estatura?"
(Mateus 6.27)

     Rafael foi para a igreja pensativo. Ele tentava se distrair com qualquer coisa, mas vira e mexe Teresa rodava seus pensamentos.

     Ele sabia que o único culpado de tudo aquilo tinha sido ele próprio. Era um fator besta, mas se ele houvesse falado com Deus antes era certo que nada daquilo teria acontecido.

      Assim que chegou na igreja não quis saber de nada, apenas se ajoelhou e começou a orar:

      -Pai, me perdoe pela minha imprudência. Sou muito ruim, deveria ter falado contigo antes de qualquer coisa, olhe Senhor, sou humano, sou ansioso e não queria ser assim. O Senhor fez o homem e a mulher para ficarem juntos, e achei que Teresa fosse a auxiliadora que escolhestes para mim. Desconheço os Teus planos, pois o Senhor tem uma visão muito maior que a minha. Me prepare para a pessoa que preparou para mim, e cuide desses sentimentos que tenho pela Teresa, que isso não atrapalhe. -Ele respirou fundo. -Abra os meus olhos, pois eles só a vêem. Amém!

     Ele se levantou, não importava o que aconteceria naqueles próximos dias, meses e anos, o sentimento que existia por Teresa não iria atrapalhar.

     Rafael rapidamente se virou e andou apressadamente até a sala de Obreiros, caminhava de cabeça baixa quando do nada bateu em alguém derrubando várias fichas.

      -Oh, me perdoe... -Ele se agachou e começou a pegar as folhas. Olhou para os sapatos que brilhavam de tão limpinhos que estavam. -Eu sou um completo desastrado.

     O rapaz se levantou e olhou pela primeira vez a moça.

     -Tânia?

     Ela sorriu. Tânia havia sido levantada Obreira junto com ele, e de imediato a reconheceu. Os dois haviam passado por uma luta imensa juntos, e agora estavam ali na mesma fé.

     -Rafael! Quer dizer... -Suas bochechas ficaram levemente avermelhadas. -Pastor Rafael.

     Agora foi a vez de Rafael sorrir.

     -Sabe o que eu nunca liguei muito para título, não sabe?

     -Sempre o mesmo. Não mudou nada.

     -Se mudei, foi para melhor.

     -Não duvido nada!

     Ambos riram timidamente.

     -O que você está fazendo aqui? -Ele perguntou.

     -Acho que terei que mudar de igreja, meu tio irá se mudar por conta da nova filial da empresa.

     -Então acho que ainda iremos nos esbarrar muito, em Obreira Tânia. -Ele começou a se despedir da moça.

     -Acredito que sim.

     Os dois seguiram seu caminho.

Feito de PedraOnde histórias criam vida. Descubra agora