Sim!

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Duas semanas depois...

Todos os garotos fizeram e continuam o fazendo o máximo por Louis e Caleb desde o ocorrido. Conversam, tentam suavizar o clima sempre que possível, os ajudaram a recuperar os assuntos das aulas perdidas, etc.

Caleb agora dorme com eles; mesmo o quarto não sendo dos maiores, a superlotação não chegara a ser um problema. Pelo contrário, era como se a família deles tivesse ficado maior. Aliás, fora exatamente isso que aconteceu.

No fim de semana, Niall montara um álbum com várias colagens de fotos do Aiden e mensagens de apoio. Embora não o conhecesse — apenas tinha o visto algumas vezes — esforçou-se para fazer algo bastante pessoal e bonito.

A espécie de livro foi o mais próximo que Louis e Caleb conseguiram se despedir de seu amigo. MacAteer negou a ideia de fazerem uma espécie de memorial; de fato, preferiu permanecer em total silêncio sobre o que aconteceu. Era revoltante e infeliz pensar no quanto Aiden merecia muito mais do que aquilo.

Embora difícil, as feridas estavam sarando. Aos poucos, a rotina voltava a seu normal; Louis e Caleb voltaram a ir às aulas e atividades complementares. Elas acabavam sendo verdadeiras distrações ao mesmo tempo.

Os dois estavam sozinhos no quarto, separando as roupas sujas das limpas. Ao se esticar até a cama de Harry para alcançar uma blusa branca, Louis olhou para o céu, pela janela. Já era fim da tarde, onde estava o cacheado?

-x-

Biblioteca

— Obrigado novamente por me ajudar com esse assunto, Harry. — Stanley agradeceu. — Nos vemos por aí, huh? — Styles fez que sim com a cabeça, tentando formar um sorriso com os lábios. O resultado parece ter sido convincente, pois Stan não suspeitou de nada; saiu de lá, provavelmente satisfeito por estar conseguindo o que queria.

Não demorou muito para Harry descobrir quem era o Stanley sobre o qual Caleb culpou pela morte de Aiden. Bastou que o professor fizesse uma chamada e Styles ligasse os pontos. Agora, estaria mentindo se não tivesse se surpreendido um pouquinho ao saber que já tinha conversado com ele antes.

Em princípio, o instinto de Harry foi de desmascará-lo, atacá-lo, fazer qualquer coisa que tirasse aquela expressão serena do rosto dele. Também queria jogar todas as dúvidas que tinha nele e fazer com que nunca mais se aproximasse de Louis. Pois, pelo pouco que entendeu, algum mal fizera a Tomlinson.

Depois de alguns dias e com muito auto controle, o cacheado não fez nada. Apenas pensava sobre qual seria a melhor forma de agir, qual passo deveria dar a seguir. Percebeu que Stanley se esforçava para manter qualquer tipo de contato; aproveitando-se do fato de nem Louis nem Caleb estarem indo as aulas regularmente. Então, decidiu que iria permitir a entrada dele na sua vida. Iria deixar que se aproximasse o suficiente para conseguir arrancar todas as informações que precisava dele.

O de olhos verdes iria fingir ser seu amigo, mas com um pé atrás a todo momento; sabia que Stan tramava algo com toda essa aproximação. Nesse meio tempo, tentaria descobrir o momento certo para confrontá-lo sobre a verdade.

(...)

Quanto tocou na maçaneta da porta do quarto, ela se abriu, o surpreendendo. Louis, pronto para sair pro jantar, também se assustou com a presença do cacheado; ao mesmo tempo que se sentira completamente aliviado.

— Você demorou! — Suspirou, as mãos no peito. — Sem exageros, mas eu fiquei preocupado. — Fez biquinho, o qual Harry não viu, pois não demorara a abraçá-lo.

— Sinto muito. — Evitou arrumar qualquer desculpa. Não queria mentir. Entrou no quarto para guardar a mochila, Tomlinson o acompanhando. — Wow, está bem mais limpo do que quando eu saí hoje.

Handcuffs (Larry Stylinson)Onde histórias criam vida. Descubra agora