Acordei assustada, sentindo um calor absurdo.
Vitoria ressoava baixinho, totalmente enroscada em mim. Tentei me levantar, fazendo o máximo de esforço para que ela não acordasse. Abri a janela do quarto, ouvindo o barulho do mar, e deixando a brisa suave, refrescar meu corpo. Abri o frigobar tirando uma garrafa de água e bebendo em longos goles. Encostei a mesma na nuca, suspirando.
Virei em direção à cama e tomei um susto que me fez derrubar a garrafa no chão.
Vitoria me fitava ainda deitada na cama. Os olhos iluminados pela luz da lua que a janela deixava entrar, me instigando, me puxando em sua direção. Ela não fez nenhum movimento. Somente me observou por longos minutos.
-Desculpa se eu te acordei.
-Senti falta de você na cama.
Senti minha respiração travar na garganta. Me abaixei pegando a garrafa no chão e coloquei ela em cima do criado mudo. Deitei na cama, virando o corpo em sua direção.
Seus olhos não me deixavam. Me perdi na curva da boca vermelha, desejando poder toca-la novamente. O clima foi ficando pesado. Eu estava inquieta. No meio do tormento, percebi que não ia ser ela que ia ceder.
-Vi, eu...
-Sim Ninha?
-Eu.. eu quero você.
-Vem pegar. – O Sussurro rasgou meu peito. Senti a adrenalina tomar conta de mim. Minhas pernas se tornaram inquietas. Ela ainda esperava pacientemente. Os olhos se tornando luas minguantes, cada vez mais negros. Minha respiração acelerou, e bem devagar eu me movi na cama em direção a ela. Toquei sua cintura levemente e mesmo assim ela não se mexeu.
-Vi.
A boca sorriu de lado, os olhos brilhando de malicia. Ainda me movendo devagar, busquei sua boca. Suguei o lábio inferior, observando ela fechar os olhos e soltar o ar. A língua macia acariciou a minha, suas mãos se enroscando em meus cabelos, me trazendo para mais perto. O beijo se tornou faminto, ofegante, molhado. Suas mãos adentraram minha camiseta acariciando minhas costas e me apertando contra ela.
Minhas mãos buscaram a pele de sua perna, enroscando as mesmas em minha cintura. O beijo se acelerou, os dentes batendo, as bocas mordendo , sugando. Desci meus lábios em direção ao pescoço, beijando seu ponto de pulso e ouvindo o gemido baixo em meu ouvido. Suas unhas fincaram na pele das minhas costas e eu arqueei o corpo em sua direção. Mordi o lóbulo da sua orelha, sussurrando baixo o quanto eu a queria. Suas mãos agarraram a camiseta que eu vestia:
-Tira. – O tom ofegante, me fazendo arrepiar.
Tirei minha camiseta jogando qualquer parte do quarto, puxei a sua, dando o mesmo destino a ela. Vitoria me abraçou, fazendo que nossas peles nuas se tocassem pela primeira vez.Senti meu coração saltar no peito, por sentir a pele macia encostada em mim. Me desvencilhei suavemente, enquanto descia o corpo. Lambi a clavícula,acariciando suavemente os seios acetinados. Minhas mãos adentraram o shorts que ela usava, retirando- o pelas pernas alvas.
-Ana.
-Shiu Vi. Deixa acontecer. É o nosso momento. Aqui, agora.
Meus lábios encontraram os mamilos rosados. Suguei para dentro da boca, ouvindo o grito de prazer ressoar pelo quarto. Beijei os dois seios, deixando os mamilos duros e vermelhos. Desci pela barriga plana, revezando entre lamber, morder suavemente e beijar. Meus dedos a acariciavam por cima da calcinha, sentindo seu calor e o quanto ela estava molhada para mim. Afastei o tecido, sentindo sua excitação molhar meus dedos. Sua respiração se tornou difícil. Minha língua desceu, contornando o cós da calcinha. Chupei e mordi o osso do quadril, sentindo ela arquear. Retirei a peça preta que contrastava lindamente com a tez da pele dela.
Afastei suas pernas, me deitando entre elas. levantando o tronco, Vitoria me olhou profundamente, chupei suavemente as dobras aveludadas, encontrando o pequeno clitóris e fazendo movimentos circulares com a minha língua. Sua cabeça caiu na cama, às pernas tremendo levemente. Suguei dando tudo de mim para ela. Meus dedos buscaram sua entrada, penetrando suavemente enquanto eu a ainda a chupava. Olhei para cima, e gemi em sua pele com a visão. Os mamilos tenros, o corpo arrepiado coberto por uma leve camada de suor. Levei minha mão em direção aos seus seios e os acariciei, acelerando meus movimentos com a língua e meus dedos se curvaram acariciando. Gemi de prazer sentindo seu gosto em minha boca. Seu quadril dançava em minha direção, suas mãos agarrando meus cabelos.
-Ninha, eu vou... eu vou....
Suas pernas tremerem, e ela tentou fecha-las, segurei com uma das mãos, enquanto sugava com mais vigor. Ouvi o grito varar a madrugada e seu corpo relaxar na cama. Beijei seu clitóris e ela estremeceu. Subi acariciando com os lábios a pele macia. Beijei seus lábios devagar, compartilhado seu gosto com ela. Deitei a cabeça em seu ombro, sentindo nossas peles coladas. Suspirei de felicidade. Senti seus dedos acariciarem minhas costas.
-Ana?
-Hum?
-Eu quero retribuir...
Retirei meu rosto de seu pescoço,olhando em seus olhos.
-Eu só não sei o que fazer. Me ensina?
Concordei com a cabeça, sentindo meus seios pesados de excitação. Segurei suas mãos e coloquei em meu pescoço.
-Faz comigo o que tu goste que façam em você.
Vi suas olhos dilatarem, enquanto ela observava seus dedos no meu pescoço. Suas mãos desceram acariciando meus braços e sua boca tomou minha orelha mordendo levemente.
Tomando meus seios em seus dedos ela apertou testando. Gemi baixinho.
-Tua pele é tão bonita. Posso?
-Sim.
Meus lábios sugaram o bico do meio peito, enquanto eu apertava as pernas juntas. Suas mãos desceram em direção a minha calcinha. Os dedos afoitos fazendo movimentos circulares.
-Devagar Vi... Eu gosto devagar...
Beijei seus lábios, enquanto ela passou a observar meus movimentos. Senti seus dedos me penetrando e seu dedão fazendo movimentos circulares em meu clítoris. Senti meu baixo ventre se apertar.Sua boca mordeu meu umbigo. Tirei a calcinha antevendo o próximo passo dela.
Abri as pernas esperando.
-E agora?
-Faz do jeito que tu quiser...
-Mais se for ruim Ninha? Quero que seja bom pra tu..
-Shiuuu, só me sente..
A língua macia me tocou, e eu suspirei. Seus dedos faziam movimentos suaves enquanto a boca faminta me chupava. Seus olhos acompanhavam meus movimentos avidamente.
-Mais forte Vi... Isso assim... assim dengo.... Porra Vi!... Tão bom... caralho....
Senti falta de ar, a sensação crescendo em volta do meu umbigo, o calor subindo pelas pernas. Seu dedo tocou um ponto em mim e eu não consegui segurar. Gozei sentindo as labaredas lambendo minha pele e me engolfando no mar de fogo.
Finalmente eu estava me afogando.
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Depois de Você
FanfictionFreud dizia que Nós nunca somos tão desamparadamente infelizes como quando perdemos um amor. Eu podia dizer mais. Perder Vitoria foi como ser queimada viva. Era como ser engolfada pelo mar. Mal conseguia respirar , nunca senti tamanha dor na vida...