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"Cuidado com o destino, ele brinca com as pessoas"

- Charlie Brown Jr

—Se você machucar meu braço de novo, eu vou chutar seu ovo de novo, mas dessa vez, te deixo sem reproduzir.—ameacei e ele riu segurando na minha cintura e me guiando para fora do baile.

Na frente do baile tinha uma praça que estava deserta, e ele saiu na frente segurando minha mão e me guiando, me jogou contra a árvore e antes de me beijar, encarou meus olhos profundamente me deixando sem ar, seus olhos azuis me levava para algum tipo de hipnose maluca.

E como se não pudesse esperar mais, ele tomou meus lábios em um beijo quente, lento e duro, exibindo toda a tensão entre a gente, nossas línguas guerreavam entre si em uma sinfonia perfeita, mesmo em guerra elas se entendiam. Eu estava perdida nele, sua mão toma meu pescoço e um gemido me escapa, ele joga seu corpo ainda mais contra o meu, deixando evidente sua ereção.

—vamo no meu barraco—sua boca saiu da minha, me deixando com sentimento de solidão, e invadiu a curva do meu pescoço.

—Não—sussurrei fechando os olhos sentindo suas mãos tomar mais do meu corpo, agora nos meus peitos, ele apertou, fazendo outro gemido me escapar. Porra. Você tá na rua Lorena se controla. Mas meu corpo não me ouvia, eu estava refém do cara mais filho da puta que tocou em mim e o pior, meu corpo estava adorando ser dele.

—Linda, vamos, é aqui pertinho—sussurrou em meu ouvido e chupou meu pescoço.

—Céus—gemi—você...nossa...a gente...tá na rua—tentei lembrar disso a ele, para ver se ele parava de tentar me comer no meio da rua.

—É, estamos mesmo e se você não aceitar logo ir comigo, eu vou te foder com força exatamente nessa posição.—sua voz autoritária saiu como um maldito veneno.

—Lorena—gritou a Gabriela e eu tomei um susto abrindo os olhos.

—Que foi?— perguntei tentando sair do russo que segurava minha cintura e encarava a Gabriela em cor vermelha.

—precisamos ir agora, você sabe quem é ele? Dono da maré—ela disse em um tom reprovador—ele sabe quem você é—tomei um susto afastando ele com a maior rapidez possível.

—Foi por isso que ele tava apertando o braço dela na escola—murmurou Geovana como se tivesse acabado de concluir isso.

—Puta que pariu—resmunguei olhando entre as meninas e o Russo que tinha uma cara pra poucas conversas.

—Que foi caralho, acha que eu vou dizer para todo mundo que peguei a filha do morro da Vidigal?—perguntou sério

—Não sei—fui sincera

—Então saiba que não, eu sou um homem porra—falou segurando meu braço e me puxando até chegar mais perto dele—não moleque.

Tava demorando pra ele segurar meu braço como se fosse dele né, tava demorando.

—Meu braço...—avisei e ele me soltou.

—A gente pode continuar?—perguntou encarando as meninas que nem se moveram.

—Não, tenho que ir.—disse

—Não sabia que atrás dessa marra toda tinha uma covarde—atirou ele e eu só revirei os olhos.

—Boa noite, russo.—disse seguindo as minhas amigas no caminho de casa. Porra.Porra.Porra.

—Que merda em Lorena—falou Gabi negando com a cabeça.

—Nem vem, culpa sua que se enfiou na maré.

—Eu me enfiei, mas não mandei tu ficar trocando saliva com o dono da maré—jogou

—ah, agora já foi também—resmunguei—Arrependida eu não tou, puta que pariu, que beijo do cassete, tô molinha aqui—suspirei

—Lorena, não, simplesmente não—determinou Giovana

—O quê que tem? É só beijo, ele beija bem porque não me aproveita disso um pouquinho?—perguntei

—E tu acha que ele vai querer ficar só nos beijos? Ele vai querer tirar tua virgindade logo logo—ela disse

—Credo, não—falei

—Fora que tu sabe, que teu pai morre do coração—falou Gio

—Ele nem vai saber—falei abrindo um sorriso

—Lorena, Lorena—avisou Gabriela

—brincadeira, nada de beijos em gostosos.

P.VO RUSSO

Duas piranhas que empata foda alheia, tava quase conseguindo levando a ruivinha para meu barraco, era só eu e ela. Tava doido por ela, e agora o que eu tenho é um pau duro e bolas inchadas.

—Russo—chamou uma puta que eu pegara no último baile que fui, ih, grudou foi? Boto logo pra vazar.

—Rala, gosto de nada repetido não—falei e como todo mundo me conhece e sabe que eu não tenho paciência, me irritou bala comeu, ela meteu o pé dela.

Vou procurar alguma puta nova, para descarregar, a ruivinha me deixou de pau duro e eu precisava meter em alguém, se não eu ia enlouquecer e catar essa menina na Vidigal mesmo.

—Iae, tudo bem?—perguntei sorrindo para uma Paty que tinha lá, ela já sorriu e eu nem precisei falar, ela olhou a peça na cintura e me seguiu, essas minas sobe o morro só pra senta em traficante.

—Vamo ali no campinho, mais escuro—falei guiando, a mesma nem exitou, quando eu digo que buceta ta mais fácil de que compra pão em padaria, pensam que tô generalizando.

O Dono Da Maré Onde histórias criam vida. Descubra agora