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Ele entra dentro de casa já reclamando

–Onde porra eu fui amarra meu burro–reclamou

–Você não vai–ordenei

–E cê manda em me a onde parceira?–Perguntou me olhando com braços acima do peito

–DANIEL CARALHO TU NUNCA ME ESCUTA PORRA–gritei brava a ponto de chora, é essa criança que mexe comigo

–Eu vou fazer uns ganho, chego e vai tá tudo de boa–falou sem ligar

–sai por essa porta aí Daniel, e esqueci que eu existo–falei começando a chora

No sonho ele leva três tiros no peito, não dava pra ver o lugar, mas era de costa

–Ei, para–falou enquanto eu soluçava

–Você não tem o direito de coloca sua vida em risco, você tem a gente agora–chorei ainda mais

–Ei, calma, eu tô aqui porra, não vou sai–falou me pegando no braço e levando para o quarto enquanto eu chorava, sem parar, não conseguia.

Ele me colocou na cama e tocou na minha barriga que tava duríssima e ficou nervoso

–Ei, Lorena, para de chora porra, vai afeta o muleque–falou tirando minha roupa porque eu comecei a suar muito

–Lorena, respira, respira caralho–falou nervosão e me levando pra debaixo do chuveiro, pra ver se eu me acalmava

–RENA CARALHO, PEGA ÁGUA PRA MINHA MULHER AI–gritou do banheiro enquanto eu sentava no chão do Box voltando ao normal

O rena trouxe a água e deixou no quarto, e o Daniel me cobriu com a toalha e me levou para bebê água, bebi tudo e ele mandou eu continua respirando fundo

–Ai Lorena, vai te foder mano, quer me matar do coração–falou com a mão na cabeça se aproximando pra me dar um beijo

–Você estragou meu cabelo-falei e ele me olhou puto e eu rir

–me dar o pente para me pentear logo–falou e eu entreguei a ele, e o mesmo desembaraçava meu cabelo

–vocês dois quer me matar mermo meu irmão, puta que pariu–falou olhando meu cabelo

–Ele pediu desculpas–falei sentindo os diversos chute do Guilherme

–Quando sai daí vai me leva uns sacode, pra para dessa graça dele e da mãe dele–falou terminando meu cabelo

Coloquei um vestido, pois Jajá todo mundo chega, enquanto o preguiçoso ficava jogando Xbox

O rádio tocou e ele atendeu

Rádio On

–Patrão–a voz do boroni saiu Roca

-qual foi

- a missão deu caô

-Puta que pariu

-joão foi atingindo

-onde cês tão?

-Nós tá subindo o morro

-tô colando na boca agora

Rádio Of

–ai meu Deus o João-falei começando a chora enquanto o Daniel andava de um lado para o outro

–PORRA–gritou derrubando um monte de coisa no chão e eu o abracei por trás ainda chorando, todo mundo odiava João no começo, mais ele foi ganhando a moral dele, e hoje já era considerado, tanto por me e o Daniel como pela comunidade, tinha até subido de cargo.

–Calma–falou me dando um beijo e beijando minha testa e passando a mão na barriga

–Não fica nervosa, por conta do muleque–falou e eu concordei, mesmo sabendo que não ia rolar ficar calma

O Dono Da Maré Onde histórias criam vida. Descubra agora