10

23.9K 1.2K 104
                                    

(...)

—se eu soubesse, traria um biquíni—falei sentando na areia, nessa parte da praia quase não passava gente, só tinha uma avenida que passava carros, fora isso, deserto total.

—tu quer tomar banho?—perguntou me encarando sentada na areia ao seu lado de calça jeans e blusa da escola.

—Querer eu quero, só não tenho biquíni—Expliquei

—Vai lá comprar—falou apontando para loja de

biquíni.

—Você é bonzinho assim ou só porque quer me comer?—perguntei olhando ele

—nenhum dos dois, quero ver seus peitos no biquíni—disse na maior cara de pau e eu caí na gargalhada.

—Sinceridade é tudo, não é mesmo?—perguntei levantando e estendendo a mão pra ele me entregar o dinheiro.

—Vai logo, você é irritante, não para de falar—resmungou me entregando o dinheiro.

—Claro, se você reclamar eu fico falando mais—avisei e peguei o dinheiro indo em direção a loja, escolhi um lá e troquei lá mesmo, quando cheguei ele me olhou de cima baixo se levantando apressado.

—Caralho—falou me olhando

—e você? Não vai não?—perguntei e ele tirou a calça e a camisa, ficando apenas de cueca Branca. Deixou nossas coisas na areia, inclusive a Glock dele, que guardei na minha bolsa.

—Você tem certeza que quer entrar com a cueca dessa cor?—perguntei olhando a cueca que ficaria transparente e voltando meus olhos pro seu rosto.

—Vamo logo—falou correndo para água, que por sinal, estava muito gelada.

—Caraio, frio da porra—disse batendo o queixo e ele riu e me abraçou.

A gente ficou abraçadinho por um tempo, até ele começar a beijar meu pescoço, fechei meus olhos sentido o fogo subir no meu corpo e usei minhas unhas pra arranhar sua nuca, eu mesma o puxei para um beijo, não aguentando mais sua tortura comigo. O beijo intenso que esquentou meu corpo inteiro, nossas línguas se roçando em um conjunto delicioso, tomei seus lábios em minha boca, chupando, mordendo e ele me pegou em seus braços, cruzei minhas pernas na sua cintura e respirei fundo quando seu pau duro roçou minha buceta protegida apenas por tecidos finos.

—Mano, que merda eu tô fazendo?—perguntei para mim mesma quando soltei a boca dele e escondi minha cabeça no seu ombro.

—Ou, fica suave cara, não vou transar com você se você não quer agora—eu concordei e ele voltou a me beijar em beijos delicados, mas não menos maliciosos.

Eu queria ir para cama com ele, russo me deixava louca e só beijei ele duas vezes, mas eu não poderia fazer isso com meu padrasto.

—Por favor, me leva de volta—falei soltando seu pescoço e descendo minhas pernas. Ele não disse nada, apenas concordou e segurou minha mão me retirando da água junto com ele. Da mesma forma que ele me trouxe, ele me levou, mas dessa vez em silêncio. Russo sabia que o que me impedia era o lance dele com meu pai.

—Me desculpa.—falei entregando o capacete e ele me olhou sério e concordou.

—Fica bem, maluca—falou e saiu cantando pneu, eu não ia entrar na escola uma hora dessa, já era 10h.

Subi para casa e entrei dentro de casa, meu pai tava deitado no sofá assistindo e minha mãe também.

—Oxi, tá fazendo o quê em casa essa hora?—perguntou

—Tava com dor de cabeça—menti.

—Tem baile da relíquia hoje, no alemão, se arruma cedo—avisou meu pai

A baile da relíquia é onde todos os donos de morros da mesma facção e sua família se encontra, as que tem rixa fica o mais longe possível da outra e fazem de tudo para não se tromba, é o único dia que ficam no mesmo ambiente sem se matar.

Resumo: Russo vai tá lá.

—Ta certo, vocês vão de noite ou de tarde para dormi lá?—perguntei

—De noite—falou meu pai e eu subir pro meu quarto, planejando o que eu faria para lidar com russo e meu pai no mesmo ambiente, e se russo resolvesse falar do nosso lance? Se ele quisesse ficar comigo com meu pai lá. Meu Deus é cada uma que eu me enfio.

O Dono Da Maré Onde histórias criam vida. Descubra agora