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Comecei a procurar saída dali, porque parecia um buraco sem volta, gente em cima de gente, fazia uns dez minutos que tava rodando aqui feito barata tonta, sem encontrar a saída dessa quadra.

—Ela aí, finalmente—comemorei assim que encontrei a saída, comecei a descer, até ser puxada com toda a força para trás, caralho, se amanhã não tiver uma mancha roxa no meu braço, eu viro um avião.

—Aí—chorominguei sentido o aperto doer no meu braço.

—Você—disse me puxando pra olhar nos olhos dele—Te achei piveta—segurou meu queixo de novo. Ele achava que tinha uma intimidade impressionante comigo, né? Babaca.

—A gente tava brincando de Pique esconde e eu nem sabia?—perguntei sarcástica.

—Tu es de onde? Se fosse daqui nunca falaria comigo daquele jeito—analisou

—Para que tu quer saber? Vai me mandar ifood—Abri um sorriso zombateiro.

—Não, quero mandar o caixão pro endereço certo—abriu um sorriso assustador. Ih, playboy não era.

—Fica tranquilo, não vai ter esse trabalho.—disse tentando me solta.

—Você é o que? Drogada? Cracuda? burra?—perguntou exibindo uma indignação genuína.

—Bonita. Você é gay? Não tá vendo que eu sou uma gostosa?—tirei sarro com ele com a maior cara de serinha.

—Você me respeita!—falou segurando meu cabelo e puxando até ele.

—Não toca no meu cabelo—chutei seu saco e ele caiu de joelho feito um saco de batata—Imundo—chutei seu tórax e ele caiu no chão agonizando, corri de lá o mais rápido possível, não fazia ideia quem esse cara ela, mas gente boa não era. Avistei as meninas encostada na árvore próximo aparentemente brigando

—Só me digam que o Uber tá lá embaixo, corram—gritei descendo correndo o morro com elas atrás.

—SIM, A PLACA É SOP6678—gritou Geovana correndo atrás de mim. Assim que avistei, eu invadir o Uber ofegante.

—Moço a gente promete que não tá dando fuga, acelera isso aí—implorei desesperada olhando pela janela.

—Nossa, quem era o louco que você tava fugindo em?—perguntou Gabriela toda sonsa.

—Você por acaso é louca Gabriela?—perguntei encarando ela feião, sem paciência nenhuma pra esses surtos de louca da Gabriela.

—João ele...—começou fungando e já revirei meus olhos. Não era que eu não gostava da minha amiga. Eu amava ela sabe, mas minha paciência tinha limites.

—Namoral, foda-se o João, ele deve ter te traído e não é a primeira vez que você surta por ele estar com outras mulheres...você sabe, agora colocar a sua vida em jogo e de meu pai e do seu pai, não é amor, é egoísmo—explodir fechando a cara e virando para janela.

—Tu vive vacilando também Lorena—disse justificando, o pelo menos tentando, porque justificado não estava.

—A diferença é que eu não vou para morro rival da puta que pariu não gosto—expliquei na maior revolta—Eu apronto sim, fumo, bebo, ralo chão com vagabunda, dou de louca pra bandidinho sem noção...mas tudo na consciência porra, nada que me faça se arrepender depois. Já você não, é uma falta de consciência, que nem parece ter 17 anos na cara— Falei e a Gio bufou

A Gio é a pacífica, por enquanto que eu e a Gabriela é furacão em pessoa, ela observava irritada e não dizia uma palavra, certa tava ela, Gabriela e eu nos resolvia.

—Foi mal, vacilei—minha amiga sussurrou depois de um longo caminho em silêncio e eu abri um sorriso começando a contar sobre o louco que me agarrou na saída.

P.VO RUSSO

—QUERO SABER QUEM É AQUELA MINA—exclamei batendo na minha mesa, sim, eu estava surtando às 3h da manhã, para descobrir quem era a piralha.

A garota entrou no meu morro, no meu baile e chutou meu saco e fugiu enquanto eu me contorcia no chão? Um caralho. Quero minha vingança, não ia ficar por isso mesmo, não ia.

—Chefe, a gente nem viu a guria, como a gente...—interrompi puto da vida,

—FODA-SE, eu quero que vocês saibam quem é essa mina, antes de terça, 4 dia—gesticulei um quatro em minhas mãos.—Agora pega a visão de vocês, rala.

—Aquela ruiva maldita vai ver que mexeu com o cara errado—resmunguei sozinho soltando a fumaça do baseado pro alto.

A novinha era até gata, mas puta que pariu, como era endemoniada, a filha da puta chutou meu saco e me deixou no chão para agonizar no chão.

—pirralha do caralho, vai saber quem é Russo da maré—murmurei e dei uma puxada mais forte.

O Dono Da Maré Onde histórias criam vida. Descubra agora