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–Léo?–perguntei olhando e tentando puxar o capuz, o mesmo me empurrou pra trás, me fazendo bater as costa na porta do carro

-
–A Ariel te reconheceu Leozinho–falou o cara de cabelo rosa

–Ai–Gemi levantando e dando um chute no Léo, peguei impulso e fiquei por cima dele pressionando seu pescoço

–VOCÊ NUNCA MAIS TOCA EM MIM–gritei e sai de cima dele, os caras do carro ria dele e zoava, ele arrancou o capuz e me olhou feio

–Você vai se foder muito cara–falou me puxando pelo braço forte, ficaria roxo depois

–Você também–falei sorrindo debochadamente, enquanto o mesmo puxava meu braço para dentro de uma casa em São Gonçalo

–Lorena, cuidado com que você fala, que não estamos na maré-falou apertando meu braço, reprimir toda dor nos dentes, mas ele não ia ter o gostinho de me ver sofre

–Cala boca e trabalha, otário–falei e ele me jogou no chão de um banheiro e trancou a porta

–Pensa pelo lado bom, pelo menos eu posso ir no banheiro e escova os dentes–falei sozinha sorrindo, para não chora, eu não quero chora, não quero

"Tu é forte, Mulher minha não chora por qualquer merda" a voz do Daniel ecoava na minha mente, não sei se me ajudava ou me deixava mas triste.

Triste por tudo, por confia no Léo e ele simplesmente trai minha confiança, ou por amar tanto alguém que só pode ama a si e ao seu morro, pelo meus pais que me odeia, pela Juliana, pelo filho da Juliana, por tudo que a porra da minha vida tava sendo

–Olha só, se não é a"patrõa"–a porta foi aberta pela Thais

-
–Oi flor–falei debochada, nós pode tá no chão, mas nós tá no chão no deboche e novamente lembrei do meu bebê

💭porra, vou ser uma péssima mãe, tô sempre esquecendo do meu filho💭

Ela tava com um prato de comida na mão e um copo de alumínio, com provavelmente água, só que ela simplesmente virou nos meus pés

–Opa, caiu–falou e jogou o copo na minha cara e saiu levando o prato, eu tremia de raiva, eu mesma vou matar essa desgraçada

–FILHA DA PUTA, EU VOU MATAR VOCÊ–gritei chutando a porta e batendo

(...)

A noite já havia chegado, eles não me trouxeram uma água, nada, passei a mão pela minha barriga

–Eu também tô, não precisa desse remexe todo–falei para barriga, ele não chuta ainda, mas ele fica mudando de lugar o tempo todo, tipo mexendo

A porta é aberta e o carinha de cabelo rosa entrou com o telefone e logo quando entrou, fechou a porta e sentou no vaso

–Rogerio–falou e eu nem dei atenção

–Você precisa falar com o seu "amor"–fez ênfase no amor

–Nunca nem vi, quem é esse?–perguntei

–Não faz graça, diferente do Léo, não aturo gracinha de mina mimada não–falou chutando minha perna com força, segurei o choro

–Vou ligar para ele, logo logo você tá nos braços do seu "amor" é só ele me entrega o morro–falou e eu gargalhei

–Desiste, a única coisa que ele ama é aquele morro, eu só sou uma mina que ele gosta de bater papo-falei e suspirei, eu não menti, era real

O Dono Da Maré Onde histórias criam vida. Descubra agora