O Dono Da Maré

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P.VO BORONI

Eu sonhei sempre em ter um filho, eu até tentei com a Giovanna, mas aquela ali quando não quer alguma coisa, fodeu.

Não que eu tenha planejado fazer filho na Juliana, que não, eu não planejei, mas porra, aconteceu, era meu filho, ela não tinha o direito, ela não tinha a porra do direito

Sai do hospital e subi na minha moto, preciso da Giovanna cara

–Onde tu vai porra?–perguntou russo saindo do hospital atrás de mim

–Vou na casa da Giovanna–falei

–Quer morre filho da puta?–perguntou e eu olhei para ele

–Deus estaria fazendo um favor, se me levasse agora–falei e sai cantando pneu

Subi o morro e os cara nem percebeu quem eu era, parei na frente da casa dela e toquei a campainha

–To indo–falou e quando abriu a porta me olhou

–Que porra tu tá fazendo aqui?–perguntou olhando para trás de mim

–Gi, eu preciso de tu mano–falei e ela me puxou para dentro

P.VO GIOVANNA

A caralho, foda-se se eu tô sendo trouxa, eu amo ele e ele ta muito mal, chorando igual criança, com os olhos vermelhos

Eu sentei no sofá um pouco longe dele e esperei ele fala alguma coisa

–Ela matou ele–falou com as duas mão no cabelo

–Nossa–falei com a mão na boca e do nada ele se joga de joelho nos meus pés

–Me perdoa Giovanna, me perdoa mano, eu não aguento vive sem você também–falou com a cabeça no meu colo e eu não aguentei, cai no choro, acariciando seus cabelos

–Pelo amor de Deus Giovanna, não me deixa–falou

–Eu não vou te deixa, eu não vou–falou soluçando

–Giovanna, ela matou ele, ele não tinha nada haver com aquela porra toda–falou e eu não sabia o que dizer

–Ela...Meu Deus–falei chorando

–Meu sonho era ser pai Gi e ela tirou isso de me, ela não tinha esse direito, não tinha–falou chorando

–Não tinha mesmo–falei chorando–Neto, vamos toma um banho, vem–chamei ele o levantando, fomos para meu quarto e eu levei o mesmo para o banheiro, tirei minha roupa e ele fez o mesmo, entrámos no chuveiro e a parte boa era que as lágrimas se misturavam com a água, ninguém via quem sofria mais

(...)

Acabamos dormindo juntos no meu quarto, acordo com celular tocando sem para

  Chamada on

–Gio, Boroni tá aí?

–Ta sim Lô, ele volta aí, ainda hoje

–Vocês voltaram?

–Voltamos sim, depois nos conversamos

-Ok

Chamada Of

–Não quero ficar longe de tu–falou me olhando com maior cara morta

–Boroni, meu pai vai chega–falei

–Dormi lá comigo–falou

–Sei não–falei olhando pro lado

–Gi..–falou segurando minha mal

–Ta bom–falei e puxei minha mão longe dele

–E Juliana?–perguntei, querendo ou não, ela é importante para me, e ela não tá bem

–Não fala o nome dessa puta–falou ficando sério

–Ela tá mal neto–falei

–Que morra, porque se não morre, eu mato–falou sério

–Você não faria isso–falei olhando ele

–Deixa ela fica viva, pra você ver–falou e eu arregalei os olhos

–A culpa não é só dela, você sabe disso–falei

–Gio, fui filho da puta, sou ainda, igualmente a ela, mas eu não mandaria ela tirar, eu assumiria, ela sabia, se ela não quisesse criar, me dava, foda-se, eu assumia meu proceder, não ia dar um de ramelão e fingi que o moleque não era meu–falou