Capitulo 15 - Maria - Por trás da história

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Este capítulo ficou um pouco grande, mas foi por um bom motivo, bjos.

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Fui pro quarto, tentei dormir, mas não consegui, fiquei rolando novamente, resolvi então ligar a TV para ver um filme, mas o canal estava no noticiário e a manchete era: Quem vai ficar com a herança da família? Quem será o novo milionário? Será que seria sua nora? Quem é a nova neta que estava em seu velório? Será fruto de um romance proibido de Gustavo?

Ao ver tantas especulações decidi desligar a TV e me dedicar a outra coisa, qualquer coisa para ocupar o tempo e não ficar pensando besteira ou sentindo esta dor grande no peito.

Comecei pelo andar de baixo, ainda eram 8 horas da manhã, fiz faxina em cada cômodo com o maior capricho e cuidado, queria matar o tempo, a dor, a preocupação. Gabriela não falou nada, apenas pegou um pano e me ajudou na faxina como se este fosse mais um dia comum, mas sabíamos que não era.

Logo chegou o horário do almoço, mal tocamos na comida, mesmo depois de todo o esforço, a mesa tinha um silencio que incomodava, e depois cada um seguiu seu rumo para se aprontar para a reunião.

Seguimos para o escritório do advogado e de nada adiantou fugirmos no prédio, pois lá estava rodeado de repórteres e curiosos. Os seguranças do prédio nos escoltaram ate dentro do prédio, em seguida chegaram Marina e minha mãe, que dispensaram a segurança, deram entrevistas e choraram falsas lagrimas.

Quando vi isto preferi me afastar e seguir direto ao escritório, queria terminar com tudo logo de uma vez, não teria mais família, teto nem nada, mas também não teria que lidar com aquelas duas.

O advogado tinha reservado uma grande sala de reuniões para falar conosco e ler o testamento, o lugar era imponente, bem decorado e a mesa estava com uma placa com os nossos nomes, procurei pelo meu nome e me sentei, observei que ficávamos distante uns dos outros, então nem um cochicho poderia ser feito e qualquer conversa seria em voz alta.

Quando todos estavam presentes, o advogado entrou acompanhado de mais três seguranças.

-Boa tarde a todos, desculpe a leitura do testamento ser tão rápida, sem dar tempo de todos assimilarem a dor da perda, mas este foi um dos pedidos do senhor Adolfo.

-O que são estes seguranças aqui? – Perguntou minha mãe.

-Eles estarão apenas para garantir o bom andamento da leitura do testamento e divisão dos bens.

-Não acredito que Maria irá fazer algum escândalo, ela já sabe o seu lugar, não é filha?

-Não se preocupe. – respondi seca.

-Bom, vamos todos começar, - disse o advogado – eu vou começar a ler e peço silencio.

Queridos amigos, parceiros e familiares,

Sei que preciso fazer isto, sei de todos
meus problemas de saúde e que me
resta pouco tempo de vida, mas
como é difícil escrever uma carta
de divisão de bens, então prefiro
me referir a esta como uma
carta de despedida e aprendizados.

Nunca aprendi tanto em minha vida
como aprendi nosmeus últimos dias
de vida, e isto devo agradecera
minha querida nora, Veridiana.
Nunca imaginei quealgum dia
receberia um presente tão bom
vindo desuas mãos, mas você
me deu algo que eu já não
acreditava mais ter, felicidade,
alegria de viver e vontade de
continuar e lutar por mais tempo de vida.

Ponto e vírgula - Um novo recomeço - COMPLETOOnde histórias criam vida. Descubra agora