Capítulo 5

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Tinha acabado de chegar à academia, comecei logo a aquecer, entretanto chegaram alguns colegas e rapidamente começamos a ensaiar.
Comecei a sentir me mal, fraca, indisposta e sem força para me segurar.
Os meus colegas ajudaram me a sentar e trouxeram me algo para tomar.

- Deve ter sido uma quebra de tensão. - apressei me a dizer.

- Almoças te? - perguntou a Tatiana.

- Sim, algo rápido.

- Joana, sabes perfeitamente que tens de te alimentar como deve de ser, treinamos intensamente e...

- E não é hora para sermões Telma. - Tatiana interrompeu a jovem.

- Passem me só o telemóvel por favor. - a minha maior preocupação neste momento era ligar ao Álvaro para ele ir buscar o Afonso.

Depois de muito insistir e já me sentido melhor fui para casa, sim... conduzi devagar, só depois de estacionar à porta de casa é que reparei que não tinha trocado de roupa.
Tentei fazer o mínimo de barulho possível, até chegar ao meu quarto. Quando lá cheguei o Afonso estava sentado na minha secretaria ao computador.

- Posso entrar? - perguntei brincando com ele.

- A sério que não me foste buscar por causa do ginásio? - perguntou fazendo cara de poucos amigos.

- O teu pai não te contou?

- O que?

- Eu só não te fui buscar porque tive uma quebra de tensão.- disse jogando a mala para cima da cama. - estava a treinar e senti me mal.

- Como assim?

- Não sei Afonso... Vou tomar um  banho para depois ir ajudar a tua mãe.

- Posso continuar o que estou a fazer no pc ou queres que saia? 

- Podes ficar, eu despacho me na casa de banho.

Tomei um banho não muito demorado, vesti algo prático e fui até à cozinha ter com a Anabela, para minha surpresa estava acompanhada pelo André.

- Boa noite. - disse quando entrei na divisão, indo até à Anabela dando lhe um beijo na cara.

- Boa noite querida, como te sentes? 

- Já estou bem, não se preocupe. - sorri. -  Quer ajuda?

- Não minha linda, já fiz o jantar. Agora é só esperar pelo meu marido. Onde será que o Afonso anda?

- Está no meu quarto, no computador.- disse pegando num copo.

- Vou chama-lo.

Enchi o meu copo com água.

- Já te sentes mesmo bem? - perguntou o André olhando me nos olhos.

- Sim... - disse desviando o olhar para o copo. - como disse deve ter sido só uma quebra de tensão.

- Se precisares de alguma coisa e eu poder ajudar...

Não estou a perceber, este não é o rapaz que eu conheci ontem... Tá calmo, demasiado calmo. Não embirrou comigo.

- A Sara? - perguntei mudando de assunto.

- Foi visitar a família, tem de aproveitar antes de voltarmos.

- Quando é que voltam?

- Daqui a duas semanas.

Fomos interrompidos com a chegada do Álvaro.

- Boa noite meninos.

- Boa noite pai. - disse o André.

- Boa noite. - o Álvaro olhou para mim de uma maneira que eu previ o que ele ia dizer. - sim, estou melhor.

Os três caímos no riso. Depois de a Anabela e o Afonso descerem junta mo nos todos à mesa para jantar.
Não estava muito participativa, não conseguia parar de pensar no porque desta mudança repentina do André. Será que é por eu estar cá em casa? Será pela tal proposta? Tem a ver com a Sara? 

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