Faz hoje um mês que contei ao André a verdade, desde ai que nunca mais nada foi igual mal me fala e parece que criamos um distanciamento. Sei que ele falou com o Álvaro, provavelmente para confirmar o que eu tinha dito.
Estávamos todos juntos a tomar o pequeno almoço quando a campainha suou.
- Deixem eu vou, tenho a certeza que é para mim. - afirmou o André.
Assim que ele chegou novamente à sala de refeições, consegui perceber todo o seu distanciamento, ele vinha acompanhado pela Sara. Voltaram.
- Sara? O que fazes por aqui? - perguntou a Anabela.
A rapariga olhou para o rapaz e admirada perguntou: - A sério que não contaste aos teus pais, amor? Eu já acabei os meus trabalhos por Milão, pelo menos por agora, falei com o André e decidimos voltar.
Quando a rapariga acabou de falar um sentimento bastante estranho instalou se em mim, era dor misturada de raiva e medo. Mas pedi a mim própria para os ignorar.
- A sério? - foram as únicas palavras do Afonso. - Não tava a espera.
- Então puto...
- André, só não tava a espera que voltassem tão cedo.
- Mas voltaram e temos de respeitar a decisão do teu irmão. Sê muito bem vinda querida. - palavras da Anabela.
- E tu pai? - Via se que o André procurava de certa forma a aprovação do pai.
- Sê bem vinda Sara.
Algo em mim fez ter coragem para interromper aquela reuniãozinha familiar à qual ninguém me tinha convocado.
- Afonso eu tenho de ir andando, queres que te leve?
- Não deixa estar, eu levo o meu cunhadinho.
Apenas assenti com a cabeça e sai.
A minha manhã tinha sido passada na academia, já tinha tratado dos recados para o Álvaro, agora era ir até casa e provavelmente não fazer nada de especial... Ah que vida esta....
Quando cheguei a casa estava um enorme silencio, presumi que estivesse sozinha, fui até ao meu quarto vesti algo confortável e desci para ir petiscar alguma coisa antes de jantar.
Peguei em uma banana, um ovo e flocos de aveia e fiz uma panqueca.- Já em casa? - olhei para trás e vi que o André acabara de entrar na cozinha.
- Sim, já fiz tudo o que tinha a fazer hoje.
- Ficaste incomodada com a vinda da Sara cá para casa?
Bem o rapaz disparou a bomba sem me dar qualquer espaço de manobra, comecei a ficar encavacada e num tom fininho saiu um 'não'.
- Tens a certeza? - voltou a perguntar.
- Ai André que conversa é essa? Porque é que haveria de ficar incomodada?
- Porque notou se...
- Andas a ver coisas.
- Admite.
- Não há nada para admitir e pala além disso eu nesta casa não tenho voz.
- Como assim?
- Apenas aluguei um quarto.
- Sabes que isso não é assim...
- Não é André? Há mais de um mês que não me falavas, nem olhas para mim, nem tiveste coragem de contar que voltaste para a Sara.
- E porque é que te haveria de contar, tu não és...
- Ninguém nesta casa.
Voltei lhe as costas e subi para o meu quarto.
Ultimamente todas as conversas que tínhamos um com o outro acabavam assim, discutíamos por coisas parvas e por vezes ficávamos semanas sem falar.
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Marcas | AS
FanfictionEmbirram um com o outro, todos os dia há uma nova discussão, mas mesmo assim o sorriso e o que sentem um pelo o outro vence tudo! Ou não...