Capítulo 8

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Logo a seguir a ele saírem, decidi ir para a academia. Visto que sou uma das responsáveis tenho sempre uma chave comigo. Precisava daquele momento, de me sentir eu, de me sentir poderosa e sim a dança faz me sentir assim. Gosto de lhe chamar porto de abrigo, gosto que a seguir a uma coreografia me falte o ar e fique arrebentada do cansaço. Estava sozinha, liguei a minha playlist e comecei por aquecer hoje seria dia de freestyle, misturar os passos que mais gosto, sentir a energia que a música me transmite.
Dancei até à exaustão, mas sentia me bem e tão feliz!
Peguei nas minha coisas, fechei a academia e fui até casa.
Sim, a minha vida é só isto. Trabalho, dança, trabalho, casa. Todos os dia!

- Já por casa? - perguntei surpreendida por ver os quatro na sala.

- Vem cá querida. - Chamou me a Anabela. Estavam com cara de caso e ao que parece só estavam à minha espera para começarem a falar.

- Foste treinar? - perguntou o André.

- hmm, sim! Estava a precisar de fazer algo. - estava me a sentir nervosa, tava um clima estranho naquela sala. -  como correu o almoço?

- Se calhar é melhor falarmos disso depois. - respondeu o Afonso que me deu a certezas que não tinha sidos dos melhores. - Vá André, a Joana já chegou já podes contar.

- Contar o que? - perguntei.

- Bem, depois de uma longa conversa com o pai e de pensar bem e em todas as opções eu decidi que vou assinar pelo Porto, vou voltar para Portugal. - falava enquanto mexia na barba, mas com um sorriso enorme no rosto - não é a melhor proposta, mas eu quero voltar. Não estou 100% feliz em Itália e aqui sem dúvida que estarei.

- Oh filho, sabes que tens o nosso apoio, mas...

- Mãe, eu preciso voltar, é a equipa do meu coração. É por ela que quero lutar e trabalhar. Com o meus colegas! Ao contrário do que aconteceu a época em que lá estive eu quero ficar aqui em casa, pelo menos até me sentir mesmo em casa.

- Nem acredito que vais voltar mano. - Afonso abraço o André como eu nunca o tinha visto abraçar ninguém.

Visto que estava sentada mesmo ao seu lado, apenas meti a minha mão no seu ombro e felicitei-o: - Parabéns, fico feliz por ti! - sorri.

- Obrigado, eu espero que a gente se dê bem. - sorriu.

- Finalmente, vou ter a minha casa cheia outra vez. Temos muitas saudades tuas meu amor. - disse a Anabela já com as lágrimas nos olhos.

O Álvaro apenas de levantou e abraçou-o.

Infelizmente tive de interromper aquele momento.

- Eu vou tomar um banho e depois vou preparar o jantar.

- Faz por favor aquela cena do outro dia. - implorou o Afonso.

- Que cena Afonso?

- Aquele hambúrguer folhado... Tipo é o hambúrguer mas leva massa folhada à volta e aquele molho...

- Não tenho ingredientes para isso.

- Eu vou comprar enquanto tomas banho, é dia de comemorar e tenho a certeza que o mano vai gostar..

- A Sara vem? -perguntei e ao mesmo tempo rezando para que não.

- Hoje não...

Subi enquanto o Afonso arrastou o André para irem ao supermercado.

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