Não dei conta do que estava a fazer, tinha o olhar fixado em cada gesto do jogador, nos seus lábios, no seu cabelo, nos seus olhos. Eu estava completamente vidrada, até que a sua voz me fez estremecer, acordar daquele transe.
- Joana...
- Ah... hmm... desculpa, estava aqui perdida nos meus pensamentos. - tentei disfarçar.
- Sim, eu reparei. - gargalhou.
Atirei lhe um pano que tinha ao meu lado e para minha infelicidade ainda não tinha guardado a farinha o que fez com que o rapaz me atirasse um bocado.
- André, vais morrer..
E nisto começou uma pequena guerra, demos por nós cheios de farinha e perto um do outro, demasiado perto!
- Vais ter de me ajudar a limpar isto tudo. -disse baixinho e sem lhe olhar nos olhos.
- Desta vez ajudo... - disse também num tom baixinho e perto do meu ouvido, o que fez ficar arrepiada. - Isso é frio ou...
Fomos interrompidos pela entrada da Anabela e da Sara e ambos olhamos para a porta da cozinha.
- Meninos, o que se passou aqui? - perguntou a Anabela num tom de gozo.
- Também gostava de saber... - referiu a Sara, mas ao contrario da Anabela esta não estava a achar muita piada.
- Não te preocupes mãe, nós limpamos tudo. - Disse o André perdido de risos.
- Mas antes podemos falar André? - perguntou a Sara.
O André olhou para mim e depois para a rapariga que nos encarava séria.
- Eu venho já, não limpes tudo. - disse atirando me um bocadinho mais de farinha, apenas sorri.
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- André, eu vim aqui dizer te que volto logo amanhã contigo para Itália. Aproveitar esta semana com o meu homem e mimar-te. Hoje não posso ficar contigo, tenho de me despedir dos meus pais, mas amanhã venho ter contigo. A tua mãe disse me que nos dá boleia até ao aeroporto.
- Ok, Tudo bem.
- Vou ter mesmo de ir meu amor. Até amanhã.
Despedi me da Sara com um beijo na testa. Levei-a até à porta e fui então para a cozinha.
Reparei que a Joana já estava a varrer e decidi pica-la atirando um bocadinho de farinha.
- André! - encarou me - A sério? Daqui a pouco metem me no forno, pareço um bolo... - disse irritada.
Decidi pega-la tipo saco de batatas e gritei: - OH MÃE, ANDA ABRIR O FORNO!
- Mete me no chão. - dizia enquanto me agarrava na cintura, provavelmente com medo de cair.
- André, mete a rapariga no chão. - disse a minha mãe ao entrar na cozinha.
- Primeiro abre o forno. - pedi.
- André por favor, já to a ficar com o sangue todo na cabeça.
Coloquei-a no chão e dei lhe um abraço, estou realmente a gostar de a conhecer.
- Olha meninos, limpem a cozinha e dispam se aqui que eu não quero farinha nos quartos.
Limpamos a cozinha, tudo arrumado e limpo.
- Vira-te. - pediu-me.
- Porque?
- Para eu me despir.
- No verão quando formos à praia, vou te ver de biquíni. - falei, sendo uma coisa natural.
Ela começou por tirar as leggins e depois a sweat, tenho de admitir que tem um corpo muito bonito, fiz o mesmo e colocamos logo a roupa na máquina.
Subimos ao mesmo tempo e cada um foi para o seu quarto.
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Marcas | AS
FanfictionEmbirram um com o outro, todos os dia há uma nova discussão, mas mesmo assim o sorriso e o que sentem um pelo o outro vence tudo! Ou não...