Capítulo 13

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Não dei conta do que estava a fazer, tinha o olhar fixado em cada gesto do jogador, nos seus lábios, no seu cabelo, nos seus olhos. Eu estava completamente vidrada, até que a sua voz me fez estremecer, acordar daquele transe.

- Joana...

- Ah... hmm... desculpa, estava aqui perdida nos meus pensamentos. - tentei disfarçar.

- Sim, eu reparei. - gargalhou. 

Atirei lhe um pano que tinha ao meu lado e para minha infelicidade ainda não tinha guardado a farinha o que fez com que o rapaz me atirasse um bocado.

- André, vais morrer..

E nisto começou uma pequena guerra, demos por nós cheios de farinha e perto um do outro, demasiado perto!

- Vais ter de me ajudar a limpar isto tudo. -disse baixinho e sem lhe olhar nos olhos.

- Desta vez ajudo... - disse também num tom baixinho e perto do meu ouvido, o que fez ficar arrepiada. - Isso é frio ou...

Fomos interrompidos pela entrada da Anabela e da Sara e ambos olhamos para a porta da cozinha.

- Meninos, o que se passou aqui? - perguntou a Anabela num tom de gozo.

- Também gostava de saber... - referiu a Sara, mas ao contrario da Anabela esta não estava a achar muita piada.

- Não te preocupes mãe, nós limpamos tudo. - Disse o André perdido de risos.

- Mas antes podemos falar André? - perguntou a Sara.

O André olhou para mim e depois para a rapariga que nos encarava séria.

- Eu venho já, não limpes tudo. - disse atirando me um bocadinho mais de farinha, apenas sorri.

_________

- André, eu vim aqui dizer te que volto logo amanhã contigo para Itália. Aproveitar esta semana com o meu homem e mimar-te. Hoje não posso ficar contigo, tenho de me despedir dos meus pais, mas amanhã venho ter contigo. A tua mãe disse me que nos dá boleia até ao aeroporto.

- Ok, Tudo bem.

- Vou ter mesmo de ir meu amor. Até amanhã.

Despedi me da Sara com um beijo na testa. Levei-a até à porta e fui então para a cozinha.

Reparei que a Joana já estava a varrer e decidi pica-la atirando um bocadinho de farinha.

- André! - encarou me - A sério? Daqui a pouco metem me no forno, pareço um bolo... - disse irritada.

Decidi pega-la tipo saco de batatas e gritei: - OH MÃE, ANDA ABRIR O FORNO!

- Mete me no chão. - dizia enquanto me agarrava na cintura, provavelmente com medo de cair.

- André, mete a rapariga no chão. - disse a minha mãe ao entrar na cozinha.

- Primeiro abre o forno. - pedi.

- André por favor, já to a ficar com o sangue todo na cabeça.

Coloquei-a no chão e dei lhe um abraço, estou realmente a gostar de a conhecer.

- Olha meninos, limpem a cozinha e dispam se aqui que eu não quero farinha nos quartos.

Limpamos a cozinha, tudo arrumado e limpo.

- Vira-te. - pediu-me.

- Porque?

- Para eu me despir.

- No verão quando formos à praia, vou te ver de biquíni. - falei, sendo uma coisa natural.

Ela começou por tirar as leggins e depois a sweat, tenho de admitir que tem um corpo muito bonito, fiz o mesmo e colocamos logo a roupa na máquina.
Subimos ao mesmo tempo e cada um foi para o seu quarto.

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