Acordei ofegante no meio da noite. Meu corpo estava molhado de suor e o meu coração batendo disparado. Era como flashes em minha cabeça. Imagens que apareciam e desapareciam da mesma forma. Um filme de terror interminável toda vez que eu dormia. Era sexta-feira, havia se passado dois dias desde que tinha encontrado o meu passado em um restaurante Sadie Francis. Ela era o motivo dos meus pesadelos. Eu tinha voltado a sonhar com o passado, com meu irmão... Toda vez que encontrava a paz algo assim acontecia. O passado sempre me perseguia onde quer que eu fosse.
O relógio na cabeceira marcava pouco mais das quatro horas da manhã. Era madrugada e eu estava acordado sem saber se o sono viria novamente. Fui até o banheiro e lavei o rosto. Não havia espelho no meu banheiro. Eu o tinha tirado desde que tinha me mudado. Eu não gostava muito de espelhos. Decidi ir até a cozinha e tomar um copo de água gelado.
Tomei dois copos inteiros sem a menor dificuldade pois a minha boca estava seca. O que mais me dava medo em tudo isso é que se eu não melhorasse logo eu teria que voltar a tomar os meus remédios. A morte do meu irmão Christopher mexeu muito comigo, ao ponto de eu ter que fazer visitar ao psiquiatra que me receitou Propranolol que é um bloqueador beta. Além de ser um remédio para o coração ele pode bloquear memórias ruins.
Eu parei de tomar esse remédio quando comecei a esquecer coisas as quais eu não queria. Faz mais de um ano que eu não faço uso desse medicamento e eu temo que agora vou precisar tomá-lo novamente.
Deitei-me novamente em minha cama e torci para que o sono viesse e que quando viesse não trouxesse novamente um pesadelo. Eu detestava pesadelos, especialmente os que andava tendo. Pelo menos uma vez o meu pedido foi atendido. O sono veio e eu não tive mais terrores noturnos pelo resto da noite.
Acordei às oito horas, precisava me arrumar para o trabalho. Morgan passaria para me buscar pouco antes das nove horas. Estava pronto para o trabalho na porta do meu prédio. Estava de óculos escuros e vi de longe o Porsche de Morgan.
– Bom dia – falei entrando no carro e colocando o cinto de segurança.
– Bom dia – falou Morgan com um sorriso seguindo com o carro – Como dormiu hoje?
– O que você acha? – Perguntei inclinando a cabeça para trás.
– Continua tendo pesadelos?
– Sim e estão cada vez piores.
– A culpa é minha – falou Morgan – eu não devia ter feito você ir naquela comemoração estúpida. Você encontrou aquela tal de Sadie e isso trouxe lembranças ruins.
– A culpa não é sua. Todos têm lembranças ruins.
– Mas as suas parecem ser péssimas.
– Realmente – falei respirando fundo.
– Se precisar conversar com alguém eu posso te indicar um psiquiatra muito bom.
– Obrigado. Se eu precisar eu prometo que te digo.
– Porque nesse tempo que trabalha para mim eu nunca te vi com ninguém? – Perguntou Morgan.
– Como assim? Você diz... romanticamente?
– Sim. Talvez esse seja o problema. Se você sair com alguém talvez você melhore. Não é bom estar sozinho.
– Obrigado, mas eu prefiro ficar sozinho.
– Você precisa confiar de novo Griffin. Você mesmo disse que não confia em ninguém. Olhe para mim. Eu trabalho com o meu Ex-marido e com a amante dele. Estou sendo superior a tudo o que aconteceu.
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Príncipe Impossível (ROMANCE GAY)
RomanceGriffin era um jovem rapaz que acabar de entrar na Pegasus uma empresa de investigação particular como Contador Forense, onde tinha com ele uma equipe era formada por cinco pessoas. Gray Forbes, Eve Mallory, Kiff Sullivan, Holly McQueen e Morgan Pro...