Estar um passo à frente do vigarista que me roubou tudo era uma vantagem, mas não era isso o que eu queria. Queria que o mundo fosse um lugar perfeito onde os caras maus fossem para a cadeia e os bonzinhos apreciassem um final feliz, mas tenho percebido que o mundo não e só preto e branco. Não existem vilões e mocinhos. Me considerava o mochinho até perceber que estavam mentindo para Morgan á mais de três semanas. Eve já sabia sobre Gray e eu. Para minha sorte ela tinha ficado de boca fechada e não contado para mais ninguém. Ela acabou se tornando uma amiga mais próxima do que Morgan que eu tentava evitar a todo custo.
Gray por outro lado continuava sendo o mesmo príncipe encantando, mas isso não significa que vivamos um conto de fadas. Ele não tinha gostado muito de eu ter mentido e omitido algumas coisas dele relacionado à Rupert e Hugo que agora é Roger. Ele tinha me proibido de procurar qualquer coisa sobre Roger e proibiu Eve, Morgan e qualquer um me contar algo relacionado a isso. Eu só saberia de algo quando fosse relevante. É um pequeno preço a se pagar pela burrada que eu fiz indo aquele restaurante sozinho. Se não fosse Eve não sei o que seria de mim naquela noite.
Gray e eu estávamos em uma lanchonete próxima do meu apartamento. Ele tinha me pego em meu apartamento e me levado para comer algo. Ele sempre fazia isso quando passava a noite de plantão no hospital ou quando passava a noite na casa dele o que era muito ultimamente. Percebi que de uma semana para cá ele quase não passa mais a noite comigo. Eu meio que me acostumei a dormir do lado de alguém. Nós sempre assistíamos TV, conversávamos sobre os nossos dias. Riamos das coisas juntos... eu sentia falta disso nas última semana.
Nas últimas semanas também diminuí o consumo de café porque tinha sentindo arritmia. Sentia meu coração acelerar de forma anormal mesmo quando estava parado. Gray disse que eu deveria diminuir o café e eu sentiria a melhora. E não é que deu certo? Uma das vantagens de se namorar um cardiologista.
Estávamos sentados em uma mesa próximo ao vidro. Podíamos ver o sol brilhando lá fora enquanto carros e pessoas passavam apressados.
– E então... – falei tomando um gole do meu copo de suco de laranja – como estão indo no caso do Roger? – perguntei como quem não quer nada.
– O que a gente combinou? – perguntou Gray tomando um gole de seu copo.
– Eu sei, mas faz mais de três semanas que você me fez prometer não perguntar nada e vocês não me disseram nada.
– Porque não temos nada a dizer. Se tivéssemos você saberia.
– Vocês não podem me boicotar do meu próprio caso – falei mordendo um pedaço do pão doce que eu comia.
– Você perdeu a credibilidade quando foi atrás de um estranho em um bar com um plano sem lógica. É sério Griffin estou até hoje tentando entender qual era seu objetivo com aquilo.
– Eu já disse. Morgan mentiu pra esposa de Rupert e eu só queria convencê-lo a sair do armário.
– Pare pra pensar um pouco. Rupert te beijou, mas não te conhece. Julie acha que o marido não a trai. Mesmo que ela descubra uma traição não significa que nós mentimos.
– Mas nós mentimos – falei provocando.
– Mas Julie não sabe disso. E ela saberia se te pegasse naquele bar. Imagina se Rupert descobre que você trabalha em uma empresa de investigação. Ele ia ligar os pontos.
– Falando assim você faz parecer que era o plano mais idiota da terra – falei lembrando daquele dia no bar.
– Exato – falou Gray rindo e tomando outro gole de seu copo.
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Príncipe Impossível (ROMANCE GAY)
RomanceGriffin era um jovem rapaz que acabar de entrar na Pegasus uma empresa de investigação particular como Contador Forense, onde tinha com ele uma equipe era formada por cinco pessoas. Gray Forbes, Eve Mallory, Kiff Sullivan, Holly McQueen e Morgan Pro...