Estava em frente à casa dele. O Uber me deixou embaixo da árvore do outro lado da rua. Não tinha certeza se deveria continuar com isso. Na verdade, não tinha certezas de muitas coisas. Não seria a primeira decisão idiota que eu tomaria em muito tempo, mas que diferença faz agora que estou aqui? É quase 11:00 PM e a noite está fria pra caralho e tinha me vestido como se fosse a praia. Pensei em ligar, mas decidi ir de uma vez. Para que ficar enrolando o inevitável?
Atravessei a rua e bati na porta da casa dele. Esperei alguns minutos e bati novamente, mas ninguém atendia. A rua estava quase deserta e eu sinceramente comecei a ficar com medo. Não conhecia bem a região e podia ser perigoso especialmente agora com um estuprador em série a solta. Bati novamente na porta e ouvi sua voz rouca do outro lado da porta.
– Já estou indo – falou ele abrindo a porta. Ele fez cara de surpresa ao me ver. Eu congelei e minhas pernas tremeram. Talvez não tivesse sido uma boa ideia ter vindo.
– Oi – falei com os braços cruzados. Estava muito frio.
– Griffin? O que está fazendo aqui? – Perguntou Gray olhando para mim.
– Eu vim te ver – falei entrando mesmo sem ser convidado.
– O que veio fazer aqui?
– Já disse Gray. Vim ficar aqui com você.
– Mas eu disse que queria ficar você?
– Isso é o que você quer, mas não é o que precisa – falei olhando em volta – onde estão seus filhos?
– Já estão dormindo –falou ele fechando a porta.
Olhei para Gray e vi que ele continuava com a mesma roupa que tinha trabalhado. Calça jeans azul e uma camisa de botões na cor cinza.
– Você ainda está com a roupa do trabalho?
– Não tive tempo de me trocar ou de tomar um banho. Quando Morgan trouxe Vincent eu basicamente fiquei por conta deles. Brinquei, fiz o jantar, nós assistimos a alguns filmes e antes de dormir li história para eles – falou Gray rindo – na verdade eu li uma história para Vincent. Foi Stephanie quem leu uma história para mim antes de cair no sono.
Ele tinha um sorriso no rosto ao falar da filha, mas ao perceber minha presença novamente ele voltou a ter uma expressão séria.
– Você ficou maluco de vir aqui sozinho? A rua está deserta e é quase meia noite. Não ficou sabendo que o Escultor fez mais uma vítima?
– Não. Ele fez?
– Sim. Um homem chamado Carlos Ramirez. Ele deu entrada no hospital agora a pouco. Scott está de plantão hoje à noite e ligou faz mais ou menos uma hora dizendo que um homem foi estuprado enquanto estava indo para casa.
– Ele atacou hoje à noite? – Perguntei assustado.
– Sim.
– Acho que no fim das contas foi irresponsabilidade vir aqui sozinho, mas não me arrependo. Vim aqui para ficar com você.
– Então vem – falou Gray segurando minha mão e me puxando para as escadas. Ele apagou as luzes e nós subimos. Ao chegarmos no quarto Gray caiu deitado na cama. Fiquei de pé olhando para ele.
– Era isso que você estava fazendo antes de eu chegar? Estava deitado de roupa e sapatos olhando para o teto?
– Sim. Faz um tempinho.
Não disse nada e me sentei na beirada da cama colocando as pernas de Gray no meu colo. Gray também não disse nada e apenas observou enquanto eu tirava vagarosamente seus sapatos e suas meias. Coloquei as meias dentro dos sapatos e as coloquei no chão próximo da cama.
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Príncipe Impossível (ROMANCE GAY)
RomanceGriffin era um jovem rapaz que acabar de entrar na Pegasus uma empresa de investigação particular como Contador Forense, onde tinha com ele uma equipe era formada por cinco pessoas. Gray Forbes, Eve Mallory, Kiff Sullivan, Holly McQueen e Morgan Pro...