Capítulo 6 - Prisão Perpétua

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Holly finalmente tinha aparecido. Quase tinha estragado tudo, mas para minha sorte tinha uma segunda chance. A câmera de Kiff tinha caído no chão e eu a tinha encontrado, mas eu não tinha conseguido instalá-la para filmar a cena que iria acontecer em seguida. Era tudo ou nada. No trabalho de campo não se tinha segunda chances. Existia mudanças e tudo tinha que ser pensado em milésimos de segundo.

– Só um segundo – falou Rupert colocando a caneta em cima do balcão e saindo da cozinha para atender o interfone. Era agora ou nunca.

Assim que ele saiu peguei a câmera no meu bolso e me virei indo até a porta do armário. Eu a coloquei no canto superior esquerdo. Era impossível de vê-la lá.

– Eu tive que colocar na cozinha – falei cochichando.

– Devia ter sido em um lugar mais estratégico, devia ter sido na sala – falou Eve.

– Eu sei – falei voltando ao balcão – sinto muito, mas não deu.

– Não tem problema – falou Morgan – Holly só vai ter que se ajustar um pouco.

– Ele já assinou o papel – falei para Morgan.

– Você não pode deixar a encomenda aí. É sério Griffin eu quero meus livros de volta.

– Que ideia foi essa de colocar seus livros?

– Culpa minha – falou Morgan – eu acordei atrasada por causa do encontro de ontem e eu estava sem ideias então tive que improvisar.

– OK – falei vendo que Rupert voltava – ele está voltando.

– Desculpa a demora – falou Rupert – é que a babá dos meus filhos se demitiu essa semana e parece que uma das candidatas veio hoje.

– Não tem problema, você já assinou a papelada e na verdade eu preciso me desculpar. Trouxe a encomenda errada – falei pegando a caixa.

– Sério? – Perguntou Rupert.

– Sim senhor. Vou levar essa caixa e trazer a encomenda certa, mas vou deixar para trazer quando sua esposa voltar de viagem dessa forma não te incomodo mais.

– Você não me incomodou. Na verdade, eu posso ir com você até a empresa buscar a certa dessa forma não precisa voltar até aqui.

– Não precisa Sr. Rothlo. Não quero mais incomodar. Pode ir entrevistar a babá dos seus filhos.

– Na verdade não – falou Rupert – eu mandei ela voltar na segunda. É melhor a minha esposa cuidar desses assuntos. - Meu coração bateu rápido e eu comecei a suar.

– Deu errado – falou Eve na escuta – quando você sair eu vou entrar.

– OK – respondi para Rupert e Eve ao mesmo tempo.

– Enfim... eu já vou indo.

– Tem certeza que trouxe a caixa errada? – Perguntou Rupert – aqui está escrito Julie Anne Garrett – falou Rupert vendo o nome da caixa.

– Acho que sim – falei surtando. Não sabia como sair daquela situação.

– Me deixa ver – falou Rupert pegando a caixa da minha mão e colocando em cima do balcão. Ele pegou uma faca e a abriu – está cheio de livros – falou Rupert tirando vários livros de lá e olhando o nome de todos.

– Viu só? Eu disse que estava errado.

– Na verdade deve estar certo afinal está com o nome da minha esposa. Essa deve ser outra encomenda que ela está esperando.

– Sai logo daí! – Falou Eve.

– Estou tentando! – Falei em alto e em bom som.

– O que? – Perguntou Rupert.

Príncipe Impossível (ROMANCE GAY)Onde histórias criam vida. Descubra agora