4 dias. Estava completando sete dias desse hoje. O plano inicial era conversar com o juiz na segunda-feira e voltar para Los Angeles para ficar junto de Gray, mas eu não consegui voltar. Era quarta-feira e eu não tive coragem de ir embora. Do que adianta? Ficar no hospital não ia me ajudar em nada. Já fazem quatro dias inteiros desde que me senti paralisado. Já fazem quatro dias e eu ainda não esqueci as últimas palavras que ele me disse. Não consigo arrancá-las da minha cabeça.
Foram três palavras: 'Eu te amo'. O mais engraçado é que mesmo estando tão longe eu ainda não posso consigo fugir da dor que queima dentro de mim em saber o que está por vir. É uma ironia cruel. É como se o universo estivesse me punindo. Sempre fui o cara que lê o último capítulo de um livro porque gosto de saber o que está por vir e então acontece isso? Gray entra em coma e agora eu sei exatamente o que está por vir.
Na segunda feira conversei com o juiz e ele não me deu resposta imediata. Disse que decidiria até na quarta-feira em uma audiência que está marcada para ás duas horas da tarde. O juiz não se decidiu na hora e Bryan se mostrou um pouco preocupado. Ele acha que existe a chance do juiz o colocar em uma clínica bem longe de mim.
Faz quatro dias que estou hospedado com Steve e eu ainda fico acordado a noite lembrando de Gray. São quatro dias sem o abraço dele. Sem ver o seu rosto e sem sentir o seu beijo. Sem sentir suas mãos me segurarem tão forte que eu não poderia temer nada. Nem se eu quisesse.
Faz quatro dias desde que ouvi meu telefone tocar e eu ignorei sua chamada e ainda hoje de vez em quando olho para meu celular esperando por uma ligação dele dizendo que acordou.
Todos os dias Steve me levava em um lugar diferente em Omaha. Havia vários pontos turísticos e muitos lugares para se visitar. São tantos lugares que eu nem fui na maioria mesmo morando aqui por dezesseis anos.
Holly, Kiff, Eve e meus vizinhos Rachel e Oliver ficavam me ligando. Desde segunda feira eles me ligavam, mas eu ignorava as chamadas deles. Sei que eles me esperavam de volta na segunda, mas eu mudei de ideia e fiquei mais do que devia afinal o juiz não tinha se decidido de uma vez.
Estava deitado em minha cama com a camiseta de Gray ao meu lado. Era patético, mas era meio que reconfortante. Não conseguia mais dormir direito e era mais fácil sentindo o perfume dele. Estava olhando para a camisa de Gray e alguém bateu na porta.
– Posso entrar?
– Pode – falei jogando o cobertor em cima da camisa de Gray. Em seguida me sentei na cama.
– Eu te acordei? – Perguntou Steve.
– Não – falei olhando para o relógio que marcava quase dez horas da manhã.
– Hoje é sua audiência?
– É sim.
– Você vai embora quando?
– Amanhã cedo. Eu pensei no que você disse sobre desistir e amanhã vou tentar convencer Morgan a me deixar vê-lo. Eu preciso pelo menos tentar e mesmo que ela não deixe acho que vou destruir todo o hospital até alguém me deixar dizer adeus.
– É assim que se fala – falou Steve entrando e fechando a porta – o que você acha que antes de ir para a audiência nós visitarmos o Jardins Lauritzen?
– Seria ótimo. Eu nunca cheguei a ir lá.
O Jardins Lauritzen eram mais de cem hectares de terra com todas as espécies de árvores e plantas que se pode imaginar. Nunca tinha visitado, mas já tinha visto fotos. Era um lugar belo.
– Tudo bem. Vamos ao jardim e nós almoçamos antes da audiência do seu pai. Tem um restaurante próximo do tribunal – falou Steve abrindo novamente a porta do quarto para poder sair.
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Príncipe Impossível (ROMANCE GAY)
Lãng mạnGriffin era um jovem rapaz que acabar de entrar na Pegasus uma empresa de investigação particular como Contador Forense, onde tinha com ele uma equipe era formada por cinco pessoas. Gray Forbes, Eve Mallory, Kiff Sullivan, Holly McQueen e Morgan Pro...