Capítulo 38 - Anjo entre Caos

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Caminhei pela calçada até que cheguei em frente ao restaurante. Olhei em volta procurando por Rupert e inicialmente não o encontrei. Ainda do lado de fora do restaurante olhei para dentro e tentei ver se encontrava por ele, mas Rupert não estava lá. Será que no fim das contas ele foi embora? Acho que eu estava muito convencido. Talvez Rupert não estivesse tão interessado em mim. Quem diria que um atraso acabaria com todo o plano antes mesmo de começar.

Depois de olhar em volta de novo desisti e decidi voltar. Me virei e dei alguns passos me afastando do restaurante quando meu telefone tocou. Peguei o celular e vi que era Rupert.

– Alô? – Falei colocando o celular no ouvido;

– Onde você pensa que vai?

– Rupert?

– Quem mais séria.

– Onde você está?

– Olhe para o outro lado da rua.

– Olhei para o outro lado da rua e vi que Rupert estava com outras pessoas. Ele estava fumando.

Desliguei o celular e atravessei a rua.

– Pensei que você não viria mais – falou Rupert dando uma tragada no cigarro e assoprando enquanto me aproximava.

– Desculpa pelo atraso. Meu celular estava no silencioso.

– Não tem problema – falou Rupert dando uma última tragada no cigarro antes de jogá-lo no chão e pisar em cima. Ele tinha um copo na mão com algum tipo de bebida. Parecia uísque. Ele bebeu o restante todo em um gole – vamos – falou Rupert atravessando a rua de volta para o restaurante e eu o segui.

Diferente do que eu imaginei Rupert não estava de terno. Ele estava com uma calça jeans azul e uma camiseta cinza escura. Ele tinha uma barba grisalha em seu rosto e seus cabelos que também eram grisalhos estavam penteados em um topete.

Talvez a maior diferença entre Gray e Rupert é que Rupert era um homem bem maior. Ele tinha uma corpo mais robusto e braços bem mais fortes. Seu peito estava desenhado em sua camiseta. Seus músculos se destacava em sua camiseta.

Nós entramos no restaurante e eu segui Rupert até uma mesa próxima a um assento vermelho em forma de meia lua. Uma mesa redonda para dois. O lugar era quase que meio vintage. Tudo em madeira. Rupert se sentou de frente para mim e ficou em silêncio quando nos sentamos. Na verdade, foi um silêncio meio que constrangedor. Peguei o cardápio e dei uma olhada. Não tinha ideia do que dizer.

– Você está com fome? – Perguntou Rupert.

– Não – falei olhando para ele.

– Então porque está encarnado o cardápio? Você não prefere olha para mim? – Rupert disse isso pegando o cardápio e colocando ele de lado.

– Desculpa é que estou com vergonha.

– Vergonha de mim?

– Sim e além do mais eu devo admitir que eu odeio primeiros encontros. Detesto.

– Porque?

– Porque sim. Quer dizer, é tão chato ter que sair com alguém e ter que contar as mesmas coisas que contei em outros encontros.

– Mas a melhor parte do primeiro encontro é que talvez ele será o último primeiro encontro.

– Talvez – falei olhando para o lado. Vi que Holly e Kiff se sentaram do outro lado do restaurante que estava um pouco cheio. Mesmo assim eu conseguia vê-los e eles conseguiam me ver.

Príncipe Impossível (ROMANCE GAY)Onde histórias criam vida. Descubra agora