Estava feliz por finalmente sair de dentro daquela penitenciária. A sensação era horrível. Era como se o ar lá de dentro fosse pesado. Acho que a negatividade nos fazia ter essa sensação. Não sei se eu conseguiria ficar preso como aqueles detentos porque a sensação era horrível. A primeira coisa que eu fiz ao colocar o pé fora de lá foi respirar bem fundo. Deixar o ar entrar em meus pulmões.
– Você está bem? – Perguntou Bryan.
– Estou – falei respirando fundo novamente – é bom estar aqui de fora. Você não se sentiu mal lá dentro?
– No começo sim, mas eu sou advogado. Já me acostumei.
– Posso te fazer uma pergunta? – Nós caminhamos em direção ao táxi.
– Pode.
– Eu não posso deixar de pensar na possibilidade dele estar fingindo só para poder fugir da pena.
– Não é simples assim Griffin. Você está achando que fui eu quem o diagnosticou com Alzheimer? Foi um médico. E Não foi só um, foram três médicos diferentes. Foram feitos vários exames de sangue e de imagem, como tomografia e ressonância magnética do crânio para excluir a possibilidade de outras doenças. É real.
– É que é tão estranho – falei entrando no taxi.
– Eu sei – falou Bryan entrando e se sentando ao meu lado – é como se o verdadeiro ele nem estivesse lá.
– Pois é – falei sentindo o táxi seguir viagem de volta à cidade.
– Você tem certeza de que quer isso? Não quero te obrigar a nada.
– Você não está me obrigando. Eu preciso fazer isso ... é como está na bíblia: "Honra teu pai e tua mãe". Não importa o que.
– Então você é religioso? – Perguntou Bryan surpreso.
– Não. Eu nem sequer acredito em Deus.
– Eu preciso acreditar – falou Bryan – estando onde estou, fazendo o trabalho que faço eu preciso acreditar que alguns desses homens serão punidos na outra vida. Nem toda a vida merece ser salva Griffin.
– Então porque escolheu esse trabalho?
– Porque todos merecem uma segunda chance e eu faço o meu melhor. Se não der certo pelo menos eu tentei.
– Eu também acredito que todos merecem uma segunda chance – falei me lembrando de Gray. Tudo o que eu queria é que ele tivesse uma outra chance de viver e fazer as coisas certas.
Depois de vários minutos o táxi finalmente chegou até a cidade. Pedi que me deixasse em minha antiga casa. Bryan disse que agora ela pertencia a mim. Assim que saímos do táxi eu vi a casa logo a minha frente. Fazia tantos anos que não vinha até aqui que eu nem me lembrava da enorme árvore na entrada e nem do balanço de madeira.
– Aqui está a chave – falou Bryan me entregando um chaveiro com algumas chaves.
– Obrigado – falei caminhando até a casa.
– Ela está totalmente mobiliada – falou Bryan enquanto caminhávamos pelo caminho de pedra até a entrada. Não havia portão de entrada e o único muro era uma cerca viva que separava as casas – havia um casal morando aqui. Seu pai alugou ela por muito tempo, mas ele desistiu no último ano. Antes de desenvolver a doença ele passou ela para seu nome.
Enfiei a chave na fechadura da porta e a girei duas vezes. Ao abrir a porta a luz do sol iluminou aquele lugar que a tanto tempo não recebia uma visita. Dei alguns passos para dentro e abri as janelas e as cortinas deixando o lugar bem iluminado.
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Príncipe Impossível (ROMANCE GAY)
RomanceGriffin era um jovem rapaz que acabar de entrar na Pegasus uma empresa de investigação particular como Contador Forense, onde tinha com ele uma equipe era formada por cinco pessoas. Gray Forbes, Eve Mallory, Kiff Sullivan, Holly McQueen e Morgan Pro...