Capítulo 42 - Príncipe Morto

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Estava na sala de espera aguardando por notícias de Rachel. Ela tinha entrado em cirurgia faz pouco mais de uma hora. O irmão de Scott – que é cirurgião plástico – disse que conseguiria deixar o rosto de Rachel do mesmo jeito que era antes sem nenhuma cicatriz. Ele usaria uma técnica para conseguir recuperar os nervos do rosto dela permitindo que ela sorria novamente. Ele usaria os nervos da perna dela para fazer essa recuperação. Sam o filho de Rachel estava bem. Ele ficou no berço durante o ataque.

Oliver não estava em casa durante o ataque ele viajou durante um fim de semana para um evento da empresa dele em Seattle, mas ele já estava a caminho de casa. Liguei para ele e contei o que tinha acontecido. Estava sentado em uma poltrona pensativo e Gray se sentado em uma poltrona paralela a minha em uma certa distância. Ele olhava para mim e eu olhava para baixo sem expressão. Estava tudo silencioso.

– Para de olhar para mim Gray – falei olhando para ele.

– Desculpa é que eu não posso deixar de pensar que poderia ser você.

– Porque se importa?

– Eu me importo com você.

– Não o suficiente. Você me transmitiu Clamídia.

– Eu vou te receitar alguns antibióticos. Dei uma olhada no seu exame e para o seu caso eu vou receitar Ciprofloxacino.

– Muito obrigado. Se você puder me fazer o favor de fazer uma segunda receita eu vou entrega-la a Rupert. Ele já tem vergonha de ser gay se por acaso ele também estiver infectado ele vai ter vergonha de ir ao médico.

– Tudo bem. Eu faço as receitas – falou Gray se levantando – vou até meu consultório e já volto com as receitas.

Gray saiu da sala de espera e alguns minutos depois Eve e Morgan entraram rapidamente.

– Griffin! Você está bem?

– O que estão fazendo aqui?

– Gray ligou e disse o que aconteceu – falou Morgan.

– Você o viu? – Perguntou Eve.

– Sim, mas ele estava de máscara.

– Você está bem? – Perguntou Morgan se sentando ao meu lado.

– Estou sim. Quem não está bem é Rachel.

– Não me refiro a isso.

– Ele te contou?

– Contou.

– Ótimo. Não basta me trair ele ainda tem que um humilhar e contar para todo mundo que eu conheço.

Eve saiu da sala e pegou o celular para ligar para alguém deixando Morgan e eu sozinhos.

– Não sei o que dizer.

– Não diga nada. Não há nada que possa ser dito que vai fazer eu me sentir melhor.

– Tudo bem, só vou ficar aqui com você.

– Ele te contou que eu estou com Clamídia?

– Contou. Ele contou tudo.

– Eu não estou acreditando que ele fez isso comigo. Fez na minha cama e ainda não usou preservativo. Ele é um hipócrita.

– Você quer que eu mate ele?

– O que?

– Eu mato ele – falou Morgan – se tem alguém que consegue matar alguém e sair impune somos nós dois.

Príncipe Impossível (ROMANCE GAY)Onde histórias criam vida. Descubra agora