Capítulo 47 - DNA

210 17 1
                                    


Tinha sido mais fácil perdoar Roger do que eu imaginei que seria. No fim das contas não ligava para o dinheiro. Claro que o que ele fez comigo foi um crime e eu me senti muito mal por muito tempo, mas porque deveria carregar essa raiva? Só queria deixar algumas coisas do passado no passado. Não seria simples capturar Roger. Não tinha nenhuma prova, eu não fiz boletim de ocorrência na época. A única prova são os exames que Gray fez na época, mas não há provas de que as drogas no meu sistema foram colocadas lá contra a minha vontade.

Voltei para a Pegasus para terminar de resolver o caso da Cientologia, mas ninguém estava lá. Morgan, Holly e Kiff tinham ido procurar o psicólogo de Jude e em seguida eles iriam para a Igreja de Cientologia. Eve voltou comigo, mas em seguida saiu novamente. Ela ainda parecia estranha como se escondesse algo de mim e de Morgan. Ela tinha disfarçado de uma péssima maneira no elevador.

Peguei o celular para ligar para Morgan e perguntar onde eles estavam e se precisavam da minha ajuda, mas ao pegar o celular ele tocou. Era Gray.

– Gray? – Falei atendendo o celular.

– Oi Griffin. Acabei de chegar em Seattle.

– Já sinto sua falta.

– Eu também sinto a sua – falou Gray – mas eu vou voltar na segunda.

– Ótimo. Vou ficar ansioso.

– Você está bem?

– Estou... porque a pergunta?

– Não sei. Algo aconteceu e eu não estou sabendo.

– Aconteceu sim, mas eu te conto tudo quando voltar.

– Não quer me contar agora?

– Não. Não é nada muito importante. Te conto depois de voltar.

– Tudo bem então – falou Gray – estou indo para meu hotel. Um beijo.

– Beijo – falei desligando o celular.

Quando desliguei o celular procurei pelo número de Morgan e nesse momento eu vi que havia uma movimentação diferente na empresa. Percebi que as pessoas cochichavam e eu vi a garota da recepção vir até a minha sala.

– Sr. Blake desculpa incomodar – falou a garota da recepção abrindo a porta parecendo um pouco incerta de ter vindo até mim.

– O que foi Shelley? Está tudo bem?

– Na verdade... tem uma mulher na recepção... ela gostaria de contratar os serviços da Pegasus, mas a Morgan saiu, Gray viajou e Eve não atende o celular.

– Ela tem hora marcada?

– Não.

– Marque uma hora para ele. Se for muito urgente marque para amanhã mesmo.

– OK – falou Shelley fechando a porta.

Disquei o número da Morgan e começou a chamar, mas ela não atendeu. Tentei novamente e enquanto o celular chamava Shelley voltou até a minha sala.

– Griffin eu falei com ela, mas ela não quer ir embora. Ela disse que vai ficar aqui até que alguém que possa recebe-la apareça.

– Tudo bem, deixa que eu falo com ela – falei saindo da sala e seguindo Shelley até a recepção.

Ao chegarmos vi uma mulher de costas olhando para as pinturas na recepção.

– Ela se chama Zara Steele.

– Boa tarde senhorita Steele – falei me aproximando dela. Quando ela se virou eu levei um susto. Não consegui disfarçar a minha surpresa ao ver que ela tinha um corte no rosto. Na verdade, dois cortas de orelha a orelha. Eles estavam costurados. Era o Sorriso Eterno que o Escultor dava as suas vítimas.

Príncipe Impossível (ROMANCE GAY)Onde histórias criam vida. Descubra agora