25- Agora amigos

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Ele começou a chorar.

Eu: Caio o que foi?

Caio: não posso ficar contigo Fer, não posso corresponder a esse amor que sinto por ti, eu não sei quem sou, estou perdido nas minhas dúvidas.

Eu: eu sei que tens dúvidas, que teus sentimentos os teus medos estão te deixando confuso. Mas uma coisa é certa eu posso te ajudar a descobrir o que sentes como seu amigo nada mais. Assim nos dois podemos saber realmente o que acontece com a gente.

Caio: estou tão confuso, por um lado quero beijar-te, abraçaste, entregar-me no teu amor, por lado tenho dúvida, minha carreira, meus pais, meus amigos meus fãs, tudo isso está me fazendo sofrer.

Eu:agora entendo o porque das tuas quedas, fazemos assim, seremos amigos qualquer coisa que estiver te incomodando liga para mim, certo?

Caio: certo, vou ligar para ti.

Ele me mostra um sorriso e continuamos sentados na arquibancada, já era noite.

Eu: minha vida é tão complicada.

Caio: não quero complicar tua vida Fer.

Eu: em parte você complica, mas não é você sou eu mesmo. Sabias que Alonso não é meu pai?

Caio: o que! Quando descobriste isso?

Eu: um dia antes do nosso envolvimento, por isso que eu estava estranho.

Caio: quem é teu pai então?

Eu: não sei quem é meu pai.

Caio: ele te adotou, no orfanato devem ter uma pista sobre ele.

Eu: não tem, a única pessoa que podia dizer quem é meu pai está morta, minha mãe.

Caio: no orfanato sempre tem uma pista.

Eu: não tem. Vou te contar a história da minha origem. Minha mãe estava casado com um tal de Lúcio mas se envolvia com o pai, minha mãe e Lúcio sempre tentavam ter filhos e ela perdia num aborto expontâneo. Um dia deste o Lúcio descobre sua relação com meu pai e se separa dela, semanas depois ela fica com meu pai. Meses depois ela descobriu que estava grávida, mas o médico disse que ela tinha que abortar, e ela não fez. Meu pai e o Lúcio disputavam sobre a gravidez.

Os pais do Lúcio ajudaram a destruir tudo que meu pai havia construído. Quando eu nasci minha mãe morre no parto e meu pai e o Lúcio fizeram exame de DNA 3 vezes e deu que eu não era filho de nenhum dos dois, mas meu pai criou-me mesmo sendo fruto de uma traição.

Caio: que história cara.

Eu: sem contar que Lúcio sempre perseguiu meu pai, fazendo ele perder 63 empregos e mudávamos de cidade todo tempo.

Caio: você deve ter sofrido muito.

Eu: por isso mesmo que aprendi a não me importar, eu sigo o exemplo do meu pai, olha para ele agora, construiu o melhor restaurante da cidade.

Caio: isso é verdade.

Eu: agora tenho que ir.

Caio: mas já, eu gostaria que ficasses.

Eu: estou com frio, preciso mesmo ir.

Caio: te empresto meu casaco.

Eu: depois tu ficas doente e vais me acusar.

Caio: sou forte tenho mais resistência.

Eu: tchau Caio, tens meu número depois liga-me.

Caio: não tenho teu número.

Tudo por ele. (Romance gay)Onde histórias criam vida. Descubra agora