1- O desconhecido

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Alonso Cabral: O primeiro dia de faculdade, estou muito entusiasmado filho estou muito orgulhoso de ti.

Eu: Não precisa exagerar pai, eu preferia estar trabalhando, já sou maior e posso fazer minhas escolhas e também é a segunda faculdade que vou.

Alonso: Sei que não querias, mas filho você é tão inteligente, não podes desperdiçar a oportunidade de estudar numa das faculdade mais prestigiada e disputada em todo país, sei que sua mãe estaria orgulhoso.

Eu: Pai porque quando queres conseguir algo de mim sempre falas da mamãe, não conheci ela.

Alonso: Ela conheceu você, e te amou bastante.

Eu: Óh pai, em... o senhor alguma vez me culpou, ou pensaste, que foi culpa minha por ela ter morrido?

Alonso: Não meu filho e nunca mais pense ou pergunte isso, você não teve culpa de nada, sempre foste e sempre serás o meu maior orgulho, tua mãe queria você, ela te amava, na verdade o médico disse que ela não podia ter filhos, nós nunca desistimos de tentar, e um dia ele ficou grávida e o médico disse-nos que você pode nascer, os dois podiam morrer, a gravidez era de risco, mas ela firme não queria fazer aborto, sempre se cuidava para você nascer saudável e aqui está você.

Eu: Sim, aqui estou, mas ela morreu, por isso o vovô nos odeia.

Alonso: Teus avós não podem fazer mais nada com a gente, sempre conseguimos sobreviver não é assim?

Eu: Eu sei pai, mas tenho a certeza que foi ele que armo contra você, para perderes o emprego.

Alonso: Talvez, na verdade os pais da tua mãe sempre me odiaram, desde que éramos namorados.

Eu: Só espero que tudo dê certo agora.

Alonso: Vai dar certo, não te preocupes e podes escolher o jantar para hoje.

Eu: O senhor cozinha tão bem que nem necessito escolher a comida, só não inventa algo e eu seja sua cobaia, porque faço isso desde que eu era criança.

Alonso: Já chegamos, queres que entre contigo?

Eu: Hum melhor não. Já passei vergonha o bastante.

Alonso: Eu nunca envergonhei você!

Eu: Prefiro não lembrar, tchau pai.- disse abrindo a porta do carro.

Alonso: E o meu beijo?

Eu: Pai aqui não por favor!.

Alonso: Quero meu beijo, porque quando beijas outro homem na boca não ficas com vergonha!

Eu: Ok, dei um beijo nele da bochecha. Só não gosto quando repetes isso de beijar outro homem, não sei porque falei para ti que sou gay.

Alonso: Você disse!! Filho fui eu que te disse que você era gay, então podes mudar de assunto, és inteligente em outros assuntos já neste precisas aprender.

Desci do carro, enquanto caminhava pelos campos, vi um grupo de rapazes brincando e zoando com um cara, notei que estavam com uniformes branco, devem ser da equipe de futebol americano.

Eu: Agora aqui começa minha vida.-caminho para dentro da faculdade, quando um balde de tinta cai encima de mim e todos começam a rir.

Eu olho para todo mundo e começo a caminhar tranquilo até ao banheiro.

Tudo por ele. (Romance gay)Onde histórias criam vida. Descubra agora