Louca por Emmett, Nas batidas do Amor, 1

Capítulo 36

Feliz Natal pessoas maravilhosasssss!
Tudo de bom, muita bênção e muita luz na vida de vocês e das suas famílias!!!
♡♡♡♡♡♡♡♡

Emmett

- Esse é meu aquário de arraias. – Falei assim que abri a porta do meu escritório, o lugar onde costumava passar horas e mais horas escrevendo.

Minha mesa ficava na parede ao lado da varanda, e na frente dela, o enorme aquário circular, onde os peixes e as arraias nadavam tranquilamente.

- Circular?

- Arraias não podem ficar em aquários quadrados, elas se machucam nos cantos.

Miles pareceu ponderar a informação e balançou a cabeça concordando.

- Escreve olhando para o aquário na sua frente e quando se cansa olha para o lado e vê a praia, isso é legal.

Claro que era. Minha inspiração praticamente me sufocava com tantos elementos propícios. Por isso a maioria das minhas letras tinham a imensidão do mar e beleza do aquário como influência.

- Tem que admitir que é maravilhoso.

- É sim.

Miles foi até a varanda e se apoiou na balaustrada, como costumava fazer quando estávamos no reality, com a diferença de que não olhava para a lua e sim para o mar azul e algumas pessoas correndo pelas areias de Malibu.

- Estou desistindo de morar em Bel Air. Esse lugar é muito melhor, acertou em cheio quando comprou essa casa.

Me gabava pelo bom gosto e se eu pudesse, mostraria pra ela o apartamento em Paris com a visão do rio Sena do quarto andar.

Era um prédio do século 17, totalmente remodelado, e possuía um charme imenso. Eu até conseguia imaginá-la apoiada da mesma forma que se encontrava aqui, na varanda dele, admirando as embarcações e a beleza da região da Île-de-France.

- Tenho um apartamento em Paris também. É maravilhoso. Gosto de vistas inspiradoras e assim como essa, aquela é fantástica.

- Torre Eiffel?

- Não. Clichê demais. Rio Sena e todos os seus séculos de histórias de amor.

- E isso não é clichê?

- Por que seria?

- Histórias de amor? Falou como um velho romântico!

- Não sei como não percebeu isso ainda. Sou um homem que gosta de surpreender e aprendi com os anos que mulheres adoram serem pegas de surpresa.

- Teve um duplo sentido.

- Dessa vez não. – Sorri e fui até ela, me apoiando da mesma forma que fazia.

Por vários dias e várias horas eu me via no mesmo lugar, sozinho, sem qualquer sombra de companhia. Apenas eu e meus pensamentos malucos e inquietos.

- Adoraria conhecer seu apartamento. – Ela me olhou e levantou uma das sobrancelhas.

A vontade o bastante para fazer insinuações.

- Isso sim soou com um duplo sentido gigantesco!

- Por que eu quis que soasse!

- Você não vale nada, Miles.

- Valho muito, e foi alguém com um bom coração que disse.

Me lembrava de ter dito algo parecido e ficava feliz por ela também o fazer. Significava que minhas palavras eram guardadas no seu coração mesmo que ela não fizesse questão de demonstrar isso.