Louca por Emmett, Nas batidas do Amor, 1

Capítulo 38

Capítulo triplo pra compensar a minha ausência gente! Espero que não me matem até o retorno da internet! hahaha

Emmett

- Estão todos aqui?

Perguntei assim que cheguei na mansão alugada, recebendo vários pares de olhos assustados. Inclusive o de um cara que eu não queria ter que aturar nem pintado de ouro.

- Achei que fosse ficar um pouco com Sophie. – Ele disse e nem me dignei a olhar na sua direção, tentando evitar a vontade de mata-lo de tanto bater.

- Preciso contar algo sério.

- É sobre aquela vadia, nem precisa se dar ao trabalho. – Ele disse e dessa vez eu fui até ele, jogando-o com tudo na parede, fora de mim e com uma vontade gigantesca de matar alguém e esse alguém definitivamente era ele.

- CALA A PORRA DA SUA BOCA! SEU MONTE DE MERDA!

- O que tá acontecendo, cara? – Um dos meninos da banda veio me segurar, sem entender nada.

Mas quando eu contasse o que Kyle tinha feito, todos entenderiam a minha raiva e provavelmente a apoiariam também.

Quem queria sofrer o que Miles sofrera?

Tinha sido barra pesada o bastante para qualquer outro no seu lugar abandonar tudo e desistir de seguir seus sonhos. Mas não Miles, não a mulher que eu aprendera a admirar e querer proteger de tudo e todos, mesmo que isso incluísse um integrante da minha própria banda.

- Conta pra eles, Kyle. Conta quem realmente escreveu Desire. – Falei ameaçador, explodindo por dentro.

- Como assim? – Os outros perguntaram confusos com o tumulto.

Só que eu não mascararia as coisas, Kyle não merecia se safar dessa, já bastava os últimos dez anos os quais ele não respondeu pela porcaria que fizera.

- Eu não compus Desire. – Ele disse assim que olhou pra gente e parecia realmente arrependido.

Mas do que isso valia agora? Agora que a merda já estava feita? Não valia de nada! Não valia exatamente nada!

Ele se afundara na lama e provavelmente nos levaria junto com ele.

- Quem compôs?

- Trinity Miles. – Respondi baixo, deixando que eles absorvessem a verdade.

- A vocalista da Psicotic? – Cage, o baterista perguntou, visivelmente abalado, notando o quanto tudo era complicado demais para tapar com a peneira.

- Miles era garçonete daquele bar que vocês tocaram há dez anos, no dia que Aimée morreu. Kyle a conheceu, se passando por mim e o resto vocês podem presumir, não é meu para contar.

- Merda! E ela vai falar alguma coisa?

- Não. Ela não falou nada na época porque achava que não valeria a pena, e agora também não vai falar nada pelo mesmo motivo.

- Devemos nossa carreira à ela então, se falasse acabaria com a banda.

- Eu vou dizer.

Se eles achavam que ainda continuaríamos lucrando com uma música que era dela, estavam muito enganados. Eu não deixaria que isso acontecesse nem mesmo que não estivesse envolvido com a Miles. O que era certo era certo e não tinha meio termo.

- O que tá pensando? Ficou maluco?

Todos se exaltaram e o tumulto estava formado. Dois concordando, outros dois querendo evitar e um que ficava quieto, na parede, sem saber o que falar. Era o culpado por toda aquela porcaria e deveria mesmo se manter quieto e longe de falar besteira.