Capítulo 42

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Miles

Está com saudades do garanhão?

— Muita! — respondi pro Peeta, que estava indo comigo para uma das cidades na qual a The Killers faria show.

A turnê estava a todo vapor, e eu morrendo de vontade de ficar com Emmett. Parecia fazer um século desde a última vez e eu me sentia pegando fogo sabendo que nosso encontro estava cada vez mais próximo.

Kellan ficara em L.A. caso a clínica precisasse de alguma coisa para o Ryan, o que eu duvidava.

— Logo conhecerá Alicia.

— Vai leva-la em casa?

Ele balançou a cabeça concordando e parecia nervoso.

— Preocupado?

— Estou morrendo de medo da irmã dela aparecer. Não sei o que eu faria.

— De qual das duas gosta mais?

— Não sei.

Essa não era a resposta que eu esperava, até porque estava na cara que ele se importava muito mais com Alicia do que com a outra. Mas eu não colocaria mais essa confusão em pauta, e preferi ficar quieta, observando as nuvens na imensidão do céu azul pela janela.

— Perguntei pra Sophie se ela queria vir junto e disse que não, estava estudando. — Falei pra mudar de assunto, sabendo que se continuasse naquela linha, acabaria falando o que verdadeiramente pensava.

— Ainda estou espantado com a ideia que ele tem uma filha, Miles. Ele usar a máscara para protege-la do assédio é muito mais do que eu esperaria de alguém, isso porque costumo pensar coisas positivas das pessoas.

— Ela é um amor. Sophie é Sophie.

Meu amigo me olhou de forma curiosa e sorriu contido. Mantendo o que ele pensava apenas para ele.

— Alugou o hotel?

— Kellan fez isso pra gente.

— Ele tá sentindo falta pra caralho do parceiro. Sabe que ele e o Ryan eram super ligados e me parece que Kellan tá sentindo a falta dele bem mais do que a gente.

— Sim, está. Mas o que podemos fazer? É para o bem do Ry. Não é como se estivéssemos apenas querendo vê-lo pior... Nosso objetivo é justamente o contrário.

— É, Miles. É.

As horas de viagem me trouxeram uma sonolência agradável e de repente a conversa com Peeta me pareceu baixa, bem ao longe, enquanto eu cedia pouco a pouco para o peso do sono.

**********

— E aí pessoal! Adivinhem qual a música que tocaremos agora!

— VEJA! VEJA! VEJA! — A multidão gritou o nome da nossa música, em uma resposta eufórica à pergunta do Emmett.

Sabia que não devia ficar nervosa por subir no palco, eu fazia isso sempre, mas ainda assim era impossível evitar... A emoção de revê-lo e a euforia por cantar estavam fazendo seu caminho por mim e me faziam sorrir como uma histérica.

— Tá chegando a sua vez! — Peeta falou, ao meu lado, no camarim, ouvindo os gritos da multidão.

— E quem vai subir no palco?

— MILES! MILES! MILES! MILES!

Parecia que eu estava novamente em um dos meus shows com as pessoas gritando meu nome escandalosamente e impaciente.

Louca por Emmett, Nas batidas do Amor, 1Onde histórias criam vida. Descubra agora