Capítulo 1

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Phoebe entra no carro a procura do celular, o encontra debaixo do banco do passageiro.

– Como você foi parar aí?- pega o celular e vê que tem ligações de Zac, uma mensagem de texto dele e ligações de Ava que já estava ligando de volta:

– Phoebe, você não atende mais o celular é?

– Ah Ava, o deixei cair no carro e não vi, acabei de resgata-lo. Estou saindo do hospital agora.

– E aí, Mady e as crianças como estão?

– Bem, parece que vão ter alta hoje após o almoço, Mady está batendo o pé dizendo que não vai pra casa sem seus filhos e Teddy dizendo que não vai pra casa sem os três, pelo que você vê, estão deixando Melissa e a Dra. Hillary loucas. - Phoebe ri se lembrando da cara de desespero das médicas, Ava do outro lado da linha também ri.

– Então vamos ter festa em sua casa hoje?

– É o que parece.- dá um sorriso. - Zac me ligou.

– É ele me ligou também, não estava conseguindo falar com você.

– Vou ligar para ele, Ava depois nos falamos beijos.

– Beijos Phoebe.

Phoebe desliga o celular e liga para Zac, ele logo, atende.

– Oi Phoebe, pensei que não queria falar comigo, e sua cunhada, e os bebês?

– Estão bem, talvez vão para casa hoje, deixei o celular no carro, como você está?

–Estou bem, com saudades de você.

– Eu também, Zac. - fala dando um suspiro, fechando os olhos para poder lembrar o rosto dele. Zachary Mitchel é um moço com um e noventa de altura, cabelos bem negros e incríveis olhos castanhos, quase mel, caramelo quente, pensa Phoebe. Um homem muito bonito, com maxilar quadrado, mostrando determinação e lábios carnudos, que quando sorri, mostra seus lindos dentes brancos e perfeitos.

– Phoebe, você está ai?- Zac a chama, a tirando de seus pensamentos.

– Sim Zac estou, estava pensando que me esqueci de ligar para um fornecedor do Bistrô.

– Você conversa comigo e pensa em um fornecedor? Será que há motivo para ter ciúmes?

– Não Zac, você sabe que fizemos um acordo e eu estou honrando a minha parte.

– E eu a minha pode ter certeza. Mas mudando de assunto, chego quinta em Nova York para visitar meus pais e sexta á noite, voo para Seattle.

– Que bom Zac, fico feliz por você estar voltando.

– Sim Phoebe, e enfim podemos decidir nossa vida.

– Eu também, Zac. Me liga falando que horas você vai chegar que eu te busco no aeroporto, está bem?

– Está bem, Phoebe, até sábado, mil beijos.

– Outros mil para você, Zac.

Phoebe desliga o celular e encosta a cabeça no assento do carro, pensando no que vai dizer para Zac, mesmo depois de ele estar viajando há cinco meses, por conta de um curso de especialização e alguns seminários que queria aproveitar para participar, ela ainda se sentia insegura.

Zac era oncologista, trabalhava no hospital junto com Ava, e eles fizeram amizade, Ava havia aberto um consultório particular junto com uma amiga que era psicóloga e convidou Zac para trabalhar com elas, sabendo que pessoas que sofrem com câncer sempre precisam de apoio psicológico e nada melhor que achar tudo em um só lugar.

Phoebe o conheceu em uma das visitas que ela fez para Ava em seu consultório, ficaram amigos e logo ele a chamou para um encontro. Mas Phoebe estava ocupada demais com a separação de Teddy e Mady que recusou e achou melhor se afastar, não queria se envolver de novo e acabar machucando as pessoas. Só que Zac era insistente e alguns dias depois a procurou, ela resolveu dar uma chance de serem amigos pelo menos. Só que Zac queria mais e ela não estava pronta. Como ele tinha que viajar, fizeram o acordo de um esperar o outro. Seriam como namorados a distância e quando ele voltasse, eles conversariam. Por Zac, eles já estavam namorando, mas Phoebe tinha seus traumas e era difícil para ela passar por cima de tudo, mas Zac a compreendia e esperava por ela.

Ele mesmo já havia sofrido, tinha 32 anos e quando jovem perdeu a noiva para o câncer, por isso a dedicação dele a especialidade. Ele havia se fechado para o mundo também e vivido apenas para o trabalho e ajudar pessoas a não passarem pela perda que ele passou. Quando conheceu Phoebe, uma menina alegre, doce, incrivelmente linda com aqueles cabelos castanhos e olhos cinza, viu o porquê de sua espera. Ele estava esperando por ela, para fazê-la feliz, ama-la e protege-la, pena que Phoebe fosse tão retraída em se tratar de relacionamentos. Mas ele já havia esperado tanto, que um tempo a mais não iria mudar o que sentia por ela.

O celular de Phoebe toca a tirando se seus pensamentos:

– Você vai vir para o Bistrô ou vai tirar o dia de folga?- era

sua Tia Mia, ela parecia zangada.

– Já estou indo, Tia, chego em poucos minutos, tchau.- desliga o celular e sai com o carro.

50 Tons - Phoebe e Sua EstóriaOnde histórias criam vida. Descubra agora