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Por favor, querida, sem promessas

Pois nós não vamos manter nossas promessas

E eu conheço as consequências

Então querida, por favor

Por favor querida, sem promessas.

Shawn Mendes - No promises

Bebo um gole de água e acelero meus passos ultrapassando Lissa e Mikael, decidimos (eu insisti) para que viéssemos correr e eles aceitaram depois de muita insistência.

- Dá para você diminuir a velocidade? Não somos acostumados com exercícios. - resmunga Mikael.

- Pois deveriam, porque, tem alguém de olho em mim e de certa forma vocês também correm risco. - respondo ficando ao lado de ambos.

- O que faremos em relação a isso?

- Não sei, esperar o momento certo para contra-atacar? - pergunto.

- Você deveria ir na polícia. - sugere Lissa.

- Acho que você se esqueceu que meu irmão é um policial. - respondo.

- É você e o irmão dele em apuros.

Jogo água nela e ela fala alguns palavrões.

- Quem não te garante que essa pessoa te observando não seja a Emerson? - Mikael pergunta com as sobrancelhas erguidas.

- Não acho que seja ela.

- Como tem tanta certeza? Vocês por acaso...

- Nos beijamos? Sim. - falo e os dois me olham com um sorriso malicioso.

- Está apaixonado? - Mikael olha para mim. - Porque se estiver sugiro que desapaixone, ela é bonita é tudo mais, só que é louca.

- Eu sei. - sorrio ao me lembrar dela.

Chegamos a minha casa e sentamos no sofá com as cabeças descansando.

- O que faremos agora? - pergunta Lissa.

- Dormimos?

Ela sorri e fechamos nossos olhos, os três dormindo ao mesmo tempo.

(...)

Acordo horas depois e Lissa e Mikael não estão mais lá, subo para tomar um banho e visto uma calça moletom preta com uma camisa preta dos vingadores. Abro minha janela e encontro Jade sentada em sua moto enquanto olhava para minha janela.

Sorrio e desço as escadas correndo.

- Fumando no meu quintal de novo? - pergunto.

- Não consigo evitar. - joga fumaça na minha cara e tento tirá-la com a mão. - Seu quintal é ótimo, nerd.

Eneko sai para ir trabalhar e nos encontra, ele olha assustado para Jade e vem ao nosso encontro.

- Não acha um pouco tarde? - pergunta para eu.

- Não fale comigo como se eu fosse uma criança. - rebato, quem ele pensa que é para tentar me afastar dela?

- Só não quero te ver misturados com delinquentes.

Jade solta mais fumaça e sorri como se aquilo tivesse graça, ela é doida.

- Para que assim você não se torne um. - completa.

- Eu estou bem, obrigado. - falo e ele me olha nada feliz.

- Deixe-o em paz. - Jade se pronuncia pela primeira vez naquela conversa e Eneko olha para ela de um jeito diferente.

Eneko olha para mim mais uma vez e desvio meus olhos, não quero ninguém me controlando. Jade faz um gesto com a cabeça e ele entra em seu carro xingando.

O carro de Eneko dá partida e Jade me olha sorrindo.

- Seu irmão não gostou de mim. - comenta.

- Nem você dele.

- Não, mas eu gosto de você, digo, você é irritante, insuportável, ridículo, metido, delinquente. - ela faz ênfase no delinquente. - Mas é uma boa companhia, por mais incrível que pareça.

- Nossa! Jade Emerson dizendo que gosta de mim e da minha companhia? - pergunto. - Não sei se devo me sentir privilegiado ou infernizado.

Ela ri, ri de verdade e isso me encanta, se ela soubesse o quanto fica linda sorrindo provavelmente faria isso mais vezes.

- Mas devo dizer também que apesar de você ser ridícula e louca, eu gosto de você. - gosto mesmo.

- Então acho que estamos quites. - ela sussurra em meu ouvido.

Sorrio de volta e a abraço, Jade encosta a cabeça em meu ombro e inalo seu cabelo que tem cheiro de chocolate.

- Camisa legal. - ela diz tocando em minha camisa dos vingadores. - Parece até uma criança de dez anos.

Sorrio e beijo sua cabeça.

- É você parece que vive de luto com todas essas roupas pretas. - cochicho em seu ouvido. - Mas se servir de consolo, posso te mandar essa camisa por delivery.

Ela ri de novo.

- Dispenso.

E então ela me beija. Seus lábios são viciantes para mim como desenhos são.

Acho que estou me viciando nela.

E espero que isso nunca acabe.

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Juro (CONCLUÍDO)Onde histórias criam vida. Descubra agora