v i n t e e s e t e

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"As mais belas frases de amor são ditas no silêncio de um olhar."

Paulo Coelho

- Não, ele não sabe. - escuto a voz de Eneko quando estou descendo as escadas. - Fique calmo, quando isso acontecer você faz.

Paro na metade da escada incapaz de me mover e continuo a escutar a conversa de Eneko.

- Não tenho previsão, mas quanto antes acontecer, melhor. - faz uma pausa e presumo que esteja ouvindo a pessoa do outro lado. - Tá, então ta bom. Tchau.

E desliga, continuo mais um tempo parado na escada absorvendo tudo o que Eneko acabara de dizer e quando me recupero desço com passos curtos.

- Bom dia, fofo. - fala quando me vê e bebe um gole de seu café. - Estive preocupado, onde passou o dia ontem?

Vigiando você, seu panaca.

- Na casa de Jade. - respondo simples e pego uma garrafa de água na geladeira.

Eneko parece ter se assustado com o que ouviu porque cuspiu café na mesa me olhando com os olhos esbugalhados.

- Fofo...

- PARA DE ME CHAMAR ASSIM! - explodo.

- O que houve com você? Isso é tudo culpa daquela delinquente, eu já disse e digo de novo, fique longe dela, ela é ruim...

- Não diga mais nada, eu já tenho vinte anos, e, sinceramente acho que já tenho idade o suficiente para decidir com quem devo me relacionar. - vou até a porta da cozinha.

- Nossos pais...

Saio da cozinha, acontece que não quero ouvir o que ele tem a dizer, porque, nossos pais nos deixaram e não confio mais em Eneko.

Entro em meu carro e olho dentro do porta-luvas, a arma que Jade usou ainda está lá, é para meu próprio bem pretendo deixá-la assim. Fecho o porta-luvas e começo a dirigir para a faculdade.

- Tá sumido, Path. - Lissa fala quando me sento ao seu lado. - O que aconteceu?

- Você nem imagina. - por mais que eu queira contar a ela tudo o que soube nesses últimos dias, não conto, por enquanto prefiro guardar isso para mim mesmo.

- Deixa eu ver se eu adivinho, Emerson? - Mikael pergunta surgindo não sei de onde.

- Sim, eu a amo. - conto tudo de uma vez e eles me olham boquiabertos.

- Eu sabia, S-A-B-I-A, mas quando você ia me contar? - põe as mãos na cintura me olhando brava. - Quando fossem se casar?

- Descobri recentemente, não tinha como eu saber. - respondo.

Então eu a vejo, Jade está andando em sua moto com suas roupas pretas e com luvas de couro preto nas mãos , ela para a moto e tira seu capacete, seus olhos para diretamente em mim e ela abre um sorriso, sorrio de volta e me sinto um pinto feliz no lixo.

Com passos firmes vem até eu e beija meus lábios sem se importar com as pessoas que nos olhavam, Lissa cobre a boca com uma das mãos e Mikael me lança um olhar malicioso.

- Senti saudades. - cochicha em meu ouvido e senta em meu colo passando as mãos ao redor do meu pescoço.

- Eu também.

- Passa na minha casa depois da aula?

- Como se eu não fosse passar. - beijo sua bochecha e ela ri.

- Preciso ir. - me beija novamente e sai deixando vários olhares curiosos sobre mim.

- Isso foi I-N-C-R-Í-V-E-L. - Lissa se empolga.

- Eu sei. - sorrio como bobo e bebo um gole da minha água.

Depois de passar o dia todo na faculdade estudando procurei por Jade mas não a encontrei, desisti de procurá-la e fui para a biblioteca estudar - meu refúgio nas horas que quero fugir de tudo.

Termino alguns esboços do meu portfólio de desenhos de Jade e o guardo pronto para ir a sua casa. Sim, eu tenho um portfólio só com desenhos dela. Entro em meu carro e dirijo para casa dela.

Os seguranças me liberam e fico me perguntando porque Jade tem seguranças, dai me lembro do idiota e acabo concordando que com ele por perto é bom se manter seguro.

Entro na casa de Jade e a encontro deitada no sofá com um Golden retriever deitado sobre ela. Quando me ver seus olhos se iluminam e ela abre um sorriso fazendo com que o cachorro em seu colo desça e venha até eu me cheirar.

- Cachorro novo? - pergunto e pego o cachorro no colo, até que ele é agradável, fora que está lambendo meu rosto sem parar.

- Na verdade é para você. - ela senta.

- Para mim?

- Sim, quero que alguém tome de conta de você quando eu não estiver, então nada melhor que um cachorro.

Sento ao seu lado ainda com o cachorro no colo e beijo sua bochecha.

- Obrigado.

- Não agradeça, não ainda. - sorri maliciosa e deixo o cachorro ir para o chão.

Com um movimento rápido pego-a em meus braços e a levo para seu quarto, Jade sorri quando chegamos ao seu quarto e caimos juntos em sua cama..

- Agora posso? - pergunto distribuindo beijos por seu corpo.

Jade balança a cabeça.

- Obrigado. - tiro minha camisa.

- Não precisa agradecer, nerd.

E então tira seu vestido - que por sinal é preto.

- Eu te amo, nerd.

- Eu te amo, delinquente.

Juro (CONCLUÍDO)Onde histórias criam vida. Descubra agora