Alguma coisa no jeito em que ela anda
Me atrai como nenhum outro amor
Alguma coisa em seu jeito que me encantaSomething - The Beatles
Abro meus olhos e a primeira coisa que vejo e um teto branco e ao meu lado Mikael me olha triste. Sinto uma pontada na cabeça e massageio minhas têmporas na tentativa de diminuir minha dor – o que não adiantou muito já que minha cabeça parecia que ia explodir.
Me lembro das últimas coisas que aconteceram e me sento rapidamente fazendo com que minha visão ficasse turva e Mikael viesse segurar-me.
- Calma cara, não faça movimentos...
- Cade ela? – pergunto exasperado e ele apenas me olha sem dizer nada, o que me deixou ainda mais apreensivo. – RESPONDE!
- Calma, ela está bem, mas o bebê...
Olho para ele e entendo o que ele quis dizer, meu bebê morreu. Sinto um nó na garganta quando penso nisso e sinto uma vontade absurda de ver Jade, preciso urgentemente de um subterfúgio antes que eu enlouqueça.
- Onde ela está? Eu preciso vê-la.
- Ela está em repouso, passou por muitas coisas, mas está bem. – ele reponde me olhando triste.
- Brian morreu. – Mikael me olha e por um instante um lampejo de dor passa por seus olhos.
- Eu sei, quando chegamos você estava caído no chão e Eneko foi preso. – Mikael senta na cadeira ao lado da minha cama. – Pelo jeito ele vai passar muito tempo na cadeia, MUITO.
Eneko, aquele que disse ser meu irmão é que deveria ter cuidado de mim, foi o mesmo que me traiu e tirou minha família, paro de pensar quando Lissa entra no quarto e vem ao meu encontro me abraçar.
- Path. – sussurra. – Eu tive tanto medo de perder vocês.
Deixo com que Lissa me abrace e Mikael se junta a ela me abraçando também, fecho meus olhos e agradeço internamente pelos amigos que tenho, não são os mais perfeitos, mas são quem eu realmente precisava.
- Acho que estou sendo sufocado. – falo e eles riem se livrando de mim.
- Vai ver ela. – pede Lissa.
- É exatamente isso o que vou fazer agora. – me levanto devagar e vou até a porta, dou uma última olhada em meus amigos que sorriem para mim e abro a porta deixando com que meu coração fale mais alto e me guie.
Entro na porta ao lado e encontro Jade deitada em uma cama olhando para cima com uma certa nostalgia.
- Sabe. – começa sem tirar os olhos do teto. – Eu amava hospitais, até... até que o matei.
Não falo nada e vou até ela, sento-me na beirada da cama e começo a acariciar seus cabelos.
- Brian morreu também, mas não foi eu quem o matei. – termina e seus olhos se enchem de lágrimas.
- Eu sinto muito. – não sabia o que dizer, sei que algum dia Brian foi importante para ela.
- Não sinta, isso foi apenas consequências dos atos deles, ele escolheu esse fim. – diz e aperta minha mão. – Já nós não fizemos nada para merecer o que aconteceu com o... – ela para e começa a chorar.
Não respondo nada e deixo com que ela me abraçe e assim possamos dividir nossas dores.
(...)
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Juro (CONCLUÍDO)
Ficção AdolescenteEla é fria ele é carinhoso, ela é manipuladora ele é obsessivo, ela é calculista ele é sincero, ela é misteriosa ele é curioso, ela finge não se importar e ele não vive sem ela. Ambos são o oposto um do outro mas com a convivência e com os erros a...