Juro (CONCLUÍDO)

t r e z e

Eu não quero viver para sempre, porque eu sei que estarei vivendo em vão

E eu não quero encontrar outra pessoa

Eu só quero continuar chamando seu nome

Até você voltar para casa

Eu só quero continuar chamando seu nome

Até você voltar para casa

ZAYN & Taylor Swift - I don't wanna live forever

Depois de passar o dia todo estudando voltei para casa e encontro Eneko sentado na mesa mexendo em seu notebook, quando me vê levanta o rosto e sorri.

– Fofo. – diz.

– Já disse para não me chamar assim. – respondo e pego um copo de água na geladeira. – É chato.

– Está bom, fofo. – ele fecha o notebook e se levanta. – Não está mais aqui quem falou.– e sai pela porta.

– Não está mais aqui quem falou. – imito sua voz só que faço mais fina.

Dou de ombros e começo a subir as escadas, quando chego no topo da escada termino de beber toda a minha água. Pelo visto hoje será aqueles tipos de noite em que eu caminho por toda a casa com insônia e quando sol estiver nascendo e eu não aguentar mais vegetar irei capotar na minha belíssima cama.

Nossa, estou muito empolgado - mentira.

Volto para a cozinha e encho uma garrafa d'água, sou completamente viciado em água, não sei dizer bem o porquê, mas me deixa relaxado.

Enquanto bebo minha água que meus pensamentos voam para um par de olhos escuros.

De repente sou tomado por uma vontade enorme de vê-la e começo a querer isso mais que qualquer coisa. Termino de beber toda a água da minha garrafa e pego as chaves do meu carro indo para o mesmo.

Não sei muito bem porque estou dirigindo em direção a casa de Jade, só sei que preciso muita ver ela.

Chego a sua casa e como já está de noite encontro algumas luzes acessas, meu coração se enche de esperança é desço do meu carro indo para os fundos da casa que se eu estou me lembrando bem deveria ser a cozinha.

Faço algumas preces internas para que a porta esteja destrancada e quando vou tentar abri-la a mesma me surpreende correspondendo ao meu toque.

Entro na cozinha de Jade e quando vou fechar a porta devagar sinto algo gelado pressionar contra minhas costas.

– Jade?

– Nerd? O que está fazendo aqui? – ela tira o que presumi ser uma arma e se afasta de mim.

– A porta estava aberta, dai eu entrei. – abro um sorriso para ela e ela cruza os braços me olhando nada feliz.

– Nerd...

– Ta bom, eu e... senti sua falta. – sou dominado pela minha língua descontrolada mais uma vez.

– É o que pretende fazer? – pergunta rindo.

– Macarrão. – me animo, como não pensei nisso antes? – Vou fazer muito macarrão.

Jade fica me olhando por alguns minutos e depois solta uma gargalhada que fez com que eu risse junto com ela.

– Tem tudo que você precisa nesses armários. – aponta com o queixo para os armários e se senta na mesa que tem no meio da cozinha. – Vou ficar aqui te vigiando.

– Ótimo. – respondo. – Você não irá se arrepender.

Ela dá de ombros e começo a abrir todas portas como se eu estivesse em casa. Como perdi meus pais quando tinha apenas nove anos tive que aprender a cozinhar e sempre que eu podia me arriscava na cozinha e fazia pratos diferentes e bons.

Termino de pegar todos os ingredientes e começo a prepará-los como se a presença de Jade não existisse.

Preparo tudo em alguns minutos e coloco dois pratos sobre a mesa enchendo os mesmos de macarrão, Jade faz uma cara boa e logo pega um garfo e enche o mesmo levando até sua boca.

Fico olhando o jeito que ela mastiga e penso no quanto ela é linda até mastigando, exceto quando ela começou a fazer umas caretas, como se tivesse comendo e não gostando.

– E aí, como está? – pergunto ansioso e me sento de frente a ela.

– Nossa! Isso está horrível, como você consegue fazer algo tão ruim? – pergunta séria e enche sua boca de mais macarrão.

– Tão ruim que você está até comendo. – murmuro.

– Na verdade, estou comendo porque estou com fome.

– Sei. – provo um pouco do macarrão, quando sinto o gosto sou surpreendido porque aquele fora o melhor macarrão que eu já fiz.

E olha que eu já fiz muitos.

Jade me olha sorrindo e pega mais um garfo cheio, sorrio de volto e pisco meus olhos.

– Você tem razão. – falo. – Isso está horrível.

Nós rimos e depois comemos todo o macarrão em silêncio, Jade detonou tudo e ficou me olhando com seu rosto indecifrável.

– Nerd – sua voz grave invade meus tímpanos. – Me diga, por que está aqui?

– Tive vontade de fazer macarrão. – ela quase... quase esboçou um sorriso.

– Creio que já fez o que queria? Não é mesmo?

Ela cruza os braços e fica me encarando de um jeito que fez meus pelos eriçarem. Me levanto e com passos determinados caminho até ela, paro de frente a Jade que me olha imóvel e seguro em cada lado de seu rosto perfeito.

Ela fecha os olhos e sua boca abre um pouco, a boca de Jade está tão próxima da minha que... que eu não consigo pensar direito. Seu hálito roça nos meus lábios como se estivessem me chamando e implorando que eu os toque. Como não consigo fazer qualquer coisa que não seja beijá-la (no momento), eu a beijo.

No mesmo instante sou correspondido e seus braços vão de encontro à minha nuca – onde ela puxa levemente. Aperto sua cintura contra a minha e exploro cada canto de sua boca com movimentos sincronizados.

Em um átimo, Jade se afasta de mim e me olha com sua respiração ofegante mostrando o quanto ela está tensa.

  – Nerd, eu não deveria – gagueja. –, acho melhor você ir.

– Jade – nossa, até eu me espanto com meu tom calmo. –, você deveria sim.

Sem pensar direito vou para perto dela e a puxo contra meu corpo sentindo seu corpo quente se juntar com o meu de forma elementar. Olho em seus olhos e sinto seu cheiro invadir minhas narinas.

Preciso senti-la.

Abaixo minha cabeça e enterro em seu pescoço, na mesma hora em que eu a todo ela arfa fazendo com que todos os meus pensamentos fiquem confusos. Inalo seu cheiro sem pressa e em um movimento involuntário beijo seu pescoço.

– Path... – ela não termina meu nome porque ela se afasta de mim olhando para baixo.

– Eu...

– Vá, Pathiel. – ela vira de costas e começa a subir os degraus.

Solto meu ar frustrado e sem a mínima vontade possível volto para meu carro.