d e z e s s e t e

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Se o nosso amor é uma tragédia, por que você é meu remédio?

Se o nosso amor é insano, por que você é minha clareza?

Clariry - Zedd feat Foxes

Uma semana desde que ela se foi, uma semana sem sair do quarto, a pior semana da minha vida. Termino mais um desenho na esperança de que nunca esqueça seu rosto e o guardo dentro do meu portfólio.

Ela se foi como se nunca tivesse aparecido em minha vida, não deixou contatos ou alguma pista sua, apenas se foi e não voltou mais, nem para "fumar" no meu quintal.

Sinto falta dela me chamando de nerd, sinto falta dela jogando fumaça de seu cigarro no meu rosto, do jeito como ela me irritava e ainda mais, sinto falta dela, e isso parece que não acaba.

- Pathiel - Eneko me chama e percebo que ele não me chamou de "fofo". - Está tudo bem? - pergunta colocando a cabeça na brecha que ele abriu na porta.

- Sim, só um pouco cansado. - respondo sem tirar os olhos da folha em branco que acabei de pegar para desenhá-la mais uma vez.

- Não fica assim por ela, escuta o que eu digo, são todas iguais, ela pior ainda que as outras. - ele fala da porta. - Daqui umas duas semanas você já terá esquecido dela e vai ser como se ela nunca tivesse existido, não lamente que ela se foi, agradeça.

- Aham.

Sem mais nada para dizer ele fecha a porta e sai.

Eneko está completamente errado, daqui a duas semanas eu não vou estar melhor, vou estar pior, cada dia que se passa sem ela vou piorando cada vez mais. Ela não é como as outras, ela é diferente.

Bebo um gole de água e começo a fazer os primeiros rabiscos, olho no relógio e já está marcando nove horas da noite, mais um dia sem ela. Do lado de fora chove sem cessar, parece que o clima resolveu se unir a mim.

Brian também não apareceu mais, olho todos os dias pela janela e não encontro nenhum dos dois, como Eneko disse, e como se eles nunca tivessem existido, a única diferença e minha saudade que aumenta cada vez mais.

Sem conseguir desenhar, tiro minha roupas e vou para debaixo do chuveiro, fecho meus olhos na tentativa de tirar ela dos meus pensamentos e fico assim com a água escorrendo sobre mim, até que sinto uma mão tocar em meu ombro.

Meu coração acelera, eu conheço esse toque mais que tudo.

Devagar e com medo que isso desapareça me viro para a dona da mão e encontro Jade me olhando e suas roupas sobre a pia.

Ela está despida.

Toco seu rosto e ela fecha os olhos.

- Jade. - sussurro.

- Eu voltei, por você. - sua voz é arrastada e suave.

Ela me abraça e nossas bocas se unem, puxo-a contra mim e seguro-a forte como se ela pudesse escapar, Jade explora cada canto da minha boca e meu corpo todo esquenta ficando rígido.

- Senti sua falta. - digo enquanto vamos para debaixo do chuveiro.

- Eu também senti a sua.

Ela me olha e naquele momento eu sei, ela me quer tanto quanto quero ela, é dessa vez não terá mais assunto sobre doenças sexuais.

Desligo o chuveiro e a pego em meus braços, ela beija meu pescoço enquanto coloco seu corpo com cuidado sobre minha cama, mas antes de fazer qualquer coisa olho em seus olhos e digo:

- Preciso te dizer uma coisa.

Ela me olha e a vergonha de dizer isso me invade, mas ela precisa saber.

- Eu sou virgem. - solto.

Ela ri calma e passa os braços ao redor do meu pescoço.

- O que é tão engraçado? - até aqui ela tem que implicar comigo? Como eu senti falta disso.

- Nada, é que não estou acostumada a ouvir isso, mas você tem certeza? - ela faz uma voz dramática e mostro o dedo do meio para ela.

- Talvez eu esteja insegura. - faço uma voz fina e ela ri como música para meus ouvidos.

- Nesse caso eu aconselho que não faça...

- Desde quando você dá conselhos?

- Te aconselhei a ficar longe de mim. - responde.

- Sim.

- Mas você não ficou.

- Nem vou.

Sorrimos e novamente nossas bocas se unem, ela me abraça e vai para cima de mim, passo os braços ao redor de sua cintura e seu rosto desce até a altura da minha virilha lambendo meu membro devagar me fazendo sentir sensações que nunca senti antes, suas mãos são agéis e se movem na sincronia exata.

- Ainda insegura? - pergunta de joelhos na cama.

- Sou uma donzela e nem todas são inseguras. - respondo e ela ri novamente.

Com um movimento certo ela senta sobre mim, nossos corpos se fundem gloriosamente, seus movimentos são lentos e perfeitos, ela pega em minhas mãos enquanto se move em cima de mim e as leva de encontro com seus seios que cabem perfeitamente em minhas mãos.

Aperto-os devagar e admiro seu corpo, isso com certeza me trará belos desenhos, esse corpo é uma verdadeira obra de arte.

- Você é linda. - passo minhas mãos por todo seu corpo ditribuindo beijos sobre ela.

Ela sorri para mim e nossos barulhos invadem meu quarto, do lado de fora chove e o som da chuva se une a nós, movemos nossos corpos em sincronia e com nossos olhos fixos chegamos ao nosso ápice.

- Você não imagina o quanto esperei por isso. - sussurra.

- Não mais que eu.

Com a respiração pesada ela deita sua cabeça em meu peito e nossas bocas se unem. Acaricio seus cabelos e beijo o topo de sua cabeça, isso com certeza foi a melhor coisa que eu já fiz, depois de conhecer ela, e claro.

Fecho meus olhos e adormeço com a garota da minha vida em meus braços.

Juro (CONCLUÍDO)Onde histórias criam vida. Descubra agora