Cada coração que eu segurei antes que eu tinha certeza de quebra-lo
eu não sei o que você fez, mas eu simplesmente não consigo parar
pensando em você todo dia.
Jason Derulo - Cheyenne
- Onde está Clementina? – pergunto a Jade depois de acordamos.
Acho que essa está sendo as melhores férias que eu já tive, quando não estou dormindo, estou com Jade e quando não estou com Jade estou desenhando.
Se eu soubesse que minhas férias seriam boas assim teria ansiado há muito tempo.
- Esqueci de te falar que ela está de férias. – Jade responde.
- É o que nós vamos comer?
- Não sei, talvez pizza? – olho sério para ela. – Ei, não me olha desse jeito, eu não sei cozinhar.
- Não sabe cozinhar? Que tipo de pessoa não sabe cozinhar?
- Desculpa aí, "master chef". – faz uma voz fina. – Já que sabe reclamar tanto assim por que não faz algo para comermos?
Olho sorrindo para ela e vou para a cozinha sem dizer nada, preparo tudo e em uma hora estamos sentados no sofá comendo macarrão a bolonhesa. Jade me olha de esguelha e reviro meus olhos.
- Não, não e não. – falo. – Não vou virar cozinheiro da casa.
- O que vamos comer então? – pergunta fazendo cara de triste. – Não posso viver apenas de pizza.
Bato em minha testa, como perdi meus pais muito novo aprendi tudo o que uma dona de casa sabe fazer, sei fazer tudo desde comida a roupa bem passada.
- Está bom, eu cozinho então, mas não se acostume. – respondo algum tempo depois.
Jade pula com entusiasmo em meu colo e distribui beijos por todo meu rosto, seguro meu prato com cuidado para não derramar e ela parece não notar.
- Eu sabia que você não ia me decepcionar. – e me lambuza de macarrão.
Jade desce do meu colo e pega seu copo de coca que estava no chão e dá um gole grande, fico olhando ela beber seu copo de coca e ela começa a fazer umas caretas e sua barriga uns barulhos estranhos.
- Droga. – ela murmura antes de sair em disparada até o banheiro.
Sigo Jade que fecha a porta do banheiro na minha cara, mas dessa vez não fico do lado de fora, entro e seguro os cabelos dela enquanto ela põe tudo o que comeu para fora.
- Pathiel. – murmura. – Sai, não quero que você veja isso.
- Não vou sair de perto de você. – beijo sua cabeça.
Ela me olha e mais vômito sai até que ela para e senta no chão de frente ao vaso.
- Está tudo bem? Não sabia que você não gostava de macarrão. – pego um pedaço de papel higiênico e limpo sua boca.
- Nem eu, só me senti mal e com vontade de colocar tudo para fora. – fala e apoia a cabeça em meu ombro.
- Quer ir ao médico? – pergunto.
- Não.
- Jade...
- Eu estou bem, só preciso descansar. – se levanta e vou atrás dela até seu quarto.
Jade deita e deito ao seu lado com alguma noção do que pode ser o motivo de Jade estar passando tanto mal. Afago seus cabelos até ela dormir e quando tenho certeza absoluta de que Jade dormiu vou procurar outra roupa para vestir, mas lembro que as mesmas ainda estão em meu carro.
Desço até meu carro e pego tudo, coloco minhas malas perto da cama de Jade e logo visto outra roupa. Pego as chaves do meu carro e vou a farmácia comprar algo que poderá dizer se o que estou pensando é verdade ou não.
Chego em casa alguns minutos e com o máximo de cuidado possível acordo Jade e quando seus olhos se abrem ela me olha confusa.
- Path...
- Preciso te pedir uma coisa. – falo.
- Eu não acredito que você me acordou em plenas férias para me pedir algo, por que não pediu quando eu estava acordada? – se levanta e me fuzila com os olhos.
Pode ser paranoia minha, mas ultimamente ela anda mais bipolar que o normal e como fui um bom aluno e não faltei as aulas de biologia, sei um pouco sobre hormônios e ainda mais hormônios no período de gravidez.
Tiro da sacola quatro testes de gravidez e mostro para ela que me olha confusa, Jade faz uma careta e fica de pé.
- Pathiel...
- Por favor, só faça, se der negativo tudo bem e se der positivo... tudo bem. – falo e entrego os testes para ela.
Jade pega os testes e se tranca no banheiro, começo a andar de um lado para o outro apreensivo, e se der positivo? Eu serei pai pela primeira vez e detalhe: EU AINDA NÃO TERMINEI A DROGA DA FACULDADE.
Com o nervosismo nas alturas começo a roer minhas unhas e se Jade não sair do banheiro eu vou ter um pire paque.
- Amor? – chamo na porta do banheiro, mas Jade não responde nada.
Me impressiono com o que acabei de dizer, eu acabei de chamar Jade de amor, o que me surpreendeu bastante, mas saiu, assim, involuntário.
Tudo continua em silêncio e Jade ainda não deu sinal de vida – estou ficando cada vez mais ansioso. Nunca me imaginei segurando um bebê, e se ele chorar muito e eu não souber o que fazer, e ainda tem o detalhe das fraldas, droga, EU NÃO SEI TROCAR UMA FRALDA.
Nessas horas que eu queria muito ter um irmão mais novo, acho que assim saberia mais sobre bebês e teria mais facilidade.
Nossa, acho que estou me precipitando, Jade pode sair com os testes com apenas uma listra e ser negativo.
Mas, no fundo eu queria que desse positivo, não sei, a ideia de ser pai me pareceu legal.
Continuo com minha crise existencial e não percebo quando Jade sai do banheiro com os testes nas mãos, ela não diz nada e tomo os testes de sua mão olhando-os com ansiedade.
Duas listras vermelhas estão nos quatros testes.
Quatro testes positivos.
É verdade.
Eu vou ser pai.
Sorrio para ela sem conter minhas emoções e deixo minhas lágrimas saírem.
Mas não são lágrimas de tristeza, são lágrimas de alegria – porque eu estou transbordando alegria. Tudo graças a ela. De repente todos os meus medos de ter um bebê desapareceram e só consigo pensar na felicidade que estou sentindo nesse momento.
Abraço Jade que retribui meu abraço e giro ela no ar.
- Isso é incrível. – digo com minhas lágrimas molhando seu cabelo. – Você é incrível.
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Juro (CONCLUÍDO)
Teen FictionEla é fria ele é carinhoso, ela é manipuladora ele é obsessivo, ela é calculista ele é sincero, ela é misteriosa ele é curioso, ela finge não se importar e ele não vive sem ela. Ambos são o oposto um do outro mas com a convivência e com os erros a...