CHARPER V

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- Chris...senhor Christopher  o que o senhor deseja?.

Faço essa pergunta e percebo que Chris franze o cenho. ( o que esse cara quer aqui?).

Ah! Lembrei, ele disse que queria conversar comigo, mas, ele esta muito enganado se eu vou deixar de sair com meu primo pra falar com ele.

- Mor.. um hm... Ana eu gostaria de falar com você... Em particular.

Ele olha agora para o rosto de Bruno e fala isso como se estivesse se controlando de algo. ( Que estranho!).

- No momento seu Christopher estou de saída com Bruno. Se não for demorar pode falar.

Enquanto falo isso vejo Chris fica meio vermelho ( jesus esse homem sofre de pressão alta certeza). Rio com esse pensamento.

- Há algo engraçado pra você estar rindo Ana?

- Sua cara está vermelha igual um tomate. Solto uma gargalhada.

Chris e Bruno ficam se encarando enquanto eu estou me acabando de rir. Me recomponho.

- Aonde vocês estão indo? Fala Chris ignorando meu acesso de risos.

- Não te interessa! . Falo olhando pra ele com uma sobrancelha arqueada.

- Nos vamos a uma pizzaria aqui perto e depois beber, porque? 

Esse bocudo do Bruno fala nossos planos para Chris como se fossem amigos. (que raiva do pateta do Bruno, ele me paga, ah se não).

- Eu vou com vocês. Ainda não jantei e estou com fome.

Chris fala olhando no fundo dos meus olhos com uma intensidade que me dá medo. Instintivamente dou um passo para trás e quando vejo me encostei mais em Bruno.

Vendo que me aproximei mais, Bruno me pergunta cochichando em meu ouvido se ele pode ir conosco. Penso e repenso e acabo acenando positivamente para meu primo.

- Você vai na frente com seu carro e eu levo Ana comigo pra não me perder, já que não sei andar por aqui.

Sem me dar chance pra responder, Chris me puxa pelo braço e me coloca em questão de segundos sentada no banco do carona e dá a volta pra se colocar atrás do volante e seguir meu primo.

Fico espantada com essa atitude dele, sendo que nem somos amigos, nem nada. ( Acho que estou tomando ódio desse cara, só pode).

Saio dos meus pensamentos quando me dou conta de que Chris não está seguindo Bruno e sim indo em uma direção diferente.

- Ei! O que você pensa que está fazendo? Pare a merda desse carro que eu vou descer.

Apesar da minha sentença, Chris dirige como se eu não tivesse falado nada e continua seu caminho.

- Você tá surdo Chris? Pergunto quase gritando agora.

- Humm... então quer dizer que agora eu não sou mais o senhor Christopher e sim só Chris?

Ele em olha por alguns segundos antes de voltar sua atenção para pista.

Só assimilo o que ele disse por poucos segundos e me dou conta de que realmente o chamei de Chris e não Christopher.

- Olha me desculpe, se o senhor deseja que eu...

- O que eu desejo vou ter daqui a pouco. Ele me corta me fuzilando com seu olhar antes de voltar sua cabeça para frente.

-Eu não sei o que o senhor quer conversar de tão importante comigo?.
Pergunto porque realmente não entendo.

Ele para o carro e viro seu corpo pra mim e fala.

- Eu quero conversar com você porque nós nos beijamos e sei que você também quer algumas explicações do porque isso aconteceu entre nós.

Não respondo nada, apenas fico olhando seus olhos que estão em um tom azul escuro.

- Eu te desejo Ana. Desde o dia em que te vi, te desejo como nunca desejei uma mulher.

Ele fala como se estivesse se abrindo pra um psicólogo e eu fico apenas observando ele falar.

- Eu quero acertar os pontos com você, quero ter algo e quero deixar bem claro que em hipótese alguma eu divido o que é meu.

Dizendo tudo isso ele volta a dirigir e só agora percebo que estamos entrando no condomínio aonde trabalho e ele mora.

Eu nunca andei pelas ruas do condomínio, mas sempre tive curiosidade em saber como eram.

Chris coloca seu código na portaria e somos liberados. Dou graças a Deus que Raí não esta hoje trabalhando, porque se sim o que eu diria pra ele. Acho que morreria de vergonha.

Chegamos em frente a casa de Chris, casa não mansão porque meu deus do céu, que mansão é essa, puta que pariu!

Entramos por uma espécie de garagem subterrânea. Confesso que não sabia que existia esse tipo de garagem.

- Vem Comigo!

Fico tão admirada com a garagem que só agora percebo que Chris desceu do carro e está com a porta do meu lado aberta me esperando sair.

Desço do carro com a ajuda de Chris e começamos a andar e puta merda!

- Você tem um elevador na sua casa?

Pergunto a ele logo que paramos em frente a uma espécie de elevador.

- Tenho!. Ele fala como se fosse a coisa mais normal a se dizer sobre um elevador em uma casa.

- AH! Você é doido ou o que? Você tem um elevador em casa!.

Falo meio chocada, meio estranhando isso. Chris me olha com uma cara de gato escaldado pedindo desculpas em pensamento por ter um elevador.

- Eu tenho um elevador porque precisei em outras épocas.

O modo como ele me disse isso, fez parecer como se ele estivesse saudoso de algo.

- Chega de conversa, venha! Vamos lá pra dentro porque ta ficando frio por aqui.

Pegando minha mão, percebo que o encaixe de nossas mão são perfeitos. Ele entrelaça nossos dedos como se fossemos um casal de namorados. ( cara estranho), mas confesso que estou gostando.

Depois de subir dois andares, estamos na sala estar e caramba! A sala dele cabe minha kitnet inteira.

- Você mora sozinho?.. Porque diabos perguntei isso?

- Moro e não moro. É complicado!

- Cara se você quer conversar comigo é melhor começar a falar tudo porque se tem uma coisa que eu odeio é pessoas que falam pela metade.

- Tudo bem! Vou tentar falar tudo pra você então!

Chris me puxa até um sofá que parece maior que minha cama. Ele se senta na mesa de centro a minha frente e me olha no fundo dos olhos.

- Ana eu quero te foder!

CONTINUA...

NOTA DA AUTORA:
Gente preciso saber o que vocês estão achando. Então votem e comentem.

Obs: Os próximos capítulos só saíram se tiverem estrelinhas.

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