Academia do Amor

Charper I

Não acredito! Eu consegui!
Dou pulos de alegria quando finalizo a ligação do pessoal do rh do condomínio.

- Eu consegui o estágiooooo. Grito pro nada já que estou sozinha em casa. E minha colega de quarto não está.

Depois desse momento de felicidade me encontro doida caçando meus documentos e xerox pra entregar logo amanhã no meu primeiro dia.

Deito a cabeça no travesseiro e sonho com esse estágio, vou ter um salário bem gordo, alimentação no local e ainda vou fazer o mais importante: contatos com gente rica.

Fala sério né, eu sou demais, depois de ter passado no processo seletivo mais difícil da minha vida, eu finalmente vou pra cima na minha carreira acadêmica. Uhuuuuuuulll, grito que nem uma louca e dando risada ainda.

A partir de amanhã o mundo vai saber quem é Ana Folllen Oliveira. Sim, eu tenho um sobrenome estrangeiro que é do meu pai que depois de me registrar sumiu no mundo e eu fiquei sendo criada pela minha mãe.

Mas, voltando ao meu estágio, amanhã vai ser maravilhoso....

- Bom dia! - Comprimento meus colegas de sala de musculação. Depois de ter pego meu uniforme que é uma calça preta e uma blusa vermelha (já disse que vermelho é minha cor favorita?).

- Bom dia Ana. - Os meninos falam juntos e já começam a me passar como será o esquema na academia, o horário de lanche de nós quatro e outras coisas. Me sinto nas nuvens com essa estrutura.

A academia é hiper mega chique, tem um espaço amplo e equipamentos importados. (Pena que não podemos usar) penso comigo.

Depois da primeira semana de estágio já me sinto em casa. Os meninos estão em uma roda falando sobre um cara que vai aparecer hoje pra treinar e dizendo que ele é ótimo em questão de execução e conhecimento, mas nem dou muita moral porque tem uma senhorinha treinando comigo e dou total atenção pra ela.

Estou de costas pra rodinha deles ajudando minha aluna quando percebo que a academia ficou em um silêncio desconfortável. Começo a virar meu rosto pra saber o motivo e quando  vejo a razão do silêncio, quase tenho uma síncope.

O cara que provavelmente é a razão do silêncio, entrou e começou a comprimentar os meninos e falar alguma coisa pra eles. Em certo momento um dos meninos fala algo pra ele e ele olha na minha direção.

Nessa hora nossos olhos se encontram e eu me viro rapidamente com medo do seu olhar, mas não sem antes perceber sua aparência, que puta que pariu que aparência.

Pensem comigo! Como vou encarar um aluno assim? O cara tem por volta de seus 1,90 de altura, cabelos pretos, olhos azuis e um corpo que parece até de atleta de fisiculturismo.

Depois dessa vergonha, volto minha atenção pra dona ilza que está terminando de fazer seu exercício.

- Aninha faz um favor aqui! Um dos meninos me chama e me viro a tempo de ver que ele está afastado do grupo junto com o cara gato misterioso.

Aceno positivamente e vou ao encontro dos dois. A cada passo que dou, sinto o olhar do cara sobre meu corpo inteiro. Esse simples olhar me queima por dentro de uma forma inexplicável. (Jeová).

- Aninh... um hum..Ana esse é o senhor Christopher Milhomem ele é o chefe do nosso chefe ou seja o manda chuva.

-Muito prazer! - Estendo minha mão pra ele em um cumprimento formal.

- Prazer! - Ele estende sua mão e quando toca na minha sinto uma corrente de choque e dou um pequeno grito de susto.

- Desculpe minha mão está meio dolorida hoje. - fico querendo enfiar minha cara no chão e invento essa desculpa besta.

O cara gato, quer dizer, Christopher, me dá um sorriso de canto de boca que eu juro por Deus que nunca vi um igual (tão lindo) que? Oi? - Penso.

- Tudo bem! Seja bem vinda! - Depois de dizer isso ele vai até uma esteira e começa seu treino. Sinto que seu cheiro ainda paira no ar e dou uma leve inspirada mais forte pra reconhecer esse cheiro.

- Aninha tá tudo bem com você e sua mão? Pergunta João meu colega.

- Ah! Sim, está tudo bem, vamos?!

-Vamos? - Ele me questiona.

- É, vamos voltar a trabalhar ué.

- Aninha você é doidinha.

João vem pra cima de mim me dando um abraço e bufo com seu comentário. Fico rindo dele e tenho uma sensação de estar sendo observada e quando olho para o lado das esteiras capto o olhar que seu Christopher lança para mim e João.

Se não estou me confundindo ou com problemas de vista, percebo que seus olhos estão quase fechados e seu rosto está vermelho.

Não sei, mas, pressinto que fiz algo errado e que estou ferrada.

CONTINUA .....
Beijos 😘 e Votem!