A TEORIA DO AMOR

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Agora chegou na parte que todas as pessoas gostam ao ler histórias de romance, mas se bem que essa não é uma parte que eu gosto muito. Mas quer saber...? Que se dane! Vou contar mesmo assim, pois esse é o assunto, não é? Vamos lá!

Vou falar sobre Alma.

Ah, vocês não sabem quem é Alma. Vou explicar. Alma foi - ainda é, porque ela não morreu - um dos humanos mais belos que Deus já criou. Ou talvez, O humano mais belo. Quer dizer, eu via assim. É a garota de cabelos vermelhos que baseou este livro. Ela estava em diversos momentos nessa história, porém, você não a percebeu porque ela estava em seu canto, esperando para ser apresentada e colada no enredo, no seu espaço na história.

Eu estava na estação de trem junto à Yan e Xê, e Danilo passou com duas garotas, uma em seu lado esquerdo e a outra em seu lado direito, e ele estava com os braços apoiados nas duas.

- Salve... - disse ele ao passar.

A do lado direito era a Alma. Eu a vi, e suas silhuetas eram realmente bem atraentes, perfeitas para garotos como o Danilo. Depois de ver aquela cena, raciocinei e pensei naquela cena, e começou a vir na minha mente que a garota por quem eu era apaixonado estava andando com Danilo, debuxando ele apoiar seu braço nela, e falar coisas machistas o que faria ela rir, e depois disso eles irem um para a casa do outro e começarem a se beijar intensamente sem roupa e...

- Abrahão.

- Hã?

Meu pensamento foi quebrado por Xê, que estava falando qualquer coisa sobre qualquer assunto.

- Tem alguma ideia?

Demorei um pouco para perceber que ele estava falando do filme que iríamos ver. Todas as sextas-feiras, nós fazíamos uma sessão de filme na casa do Xê, porque ele era o único de nós que possuía uma daquelas TVs de tela plana e com a imagem que permite com que o espectador veja a espinha da cara de quem está sendo mostrado.

♦️

Apesar de ser jovem, jovem, já tive algumas decepções relacionadas a garotas, a primeira delas ocorreu num período entre o 5º e o 6º ano, onde conheci uma garota chamada Nicole. Ela havia entrado na minha antiga escola para estudar o resto do ensino fundamental. Ela era linda. Seu rosto tinha traços delicados e ela era uma morena com cabelos grandes. Apesar de tudo, era óbvio que eu estava ciente de que existiam garotas mais bonitas que ela, porém, eu via um charme nela encantador, e isso me chamava muita a atenção.

Nicole não era de falar muito. Era bem fechada, na dela e vivia sempre rabiscando seu caderno. Naquela época, eu era muito ingênuo, e nem "sabia" direito o que era namoro, diferente das outras pessoas na minha sala, já que havia uma gente ali que sabia até o que era coito.

A questão foi que Nicole e eu, fomos unidos a partir da... Escrita. É, exatamente. A partir da escrita. Eu já gostava mesmo sendo bem novinho. Naquele ano, eu havia ganho um caderno bem maneiro da minha mãe, onde eu escrevia umas historinhas sem nexo algum, e era isso que eu estava fazendo no ano de 2012, escrevendo na sala de aula histórias sem nexo algum. E um dia, eu estava sentado numa carteira bem ao lado da Nicole, e eu estava com dificuldades para fazer um desenho - sim, minhas histórias tinham gravuras - e eu dei uma leve olhada no caderno dela, e percebi que aquilo não eram rabiscos, e sim desenhos, e desenhos extremamente complexos. Eu me encantei por aquilo, e falei:

A Teoria Da Cor VermelhaOnde histórias criam vida. Descubra agora