Aposto que você já se espantou e deve ter pensado: "Nossa! 100 batimentos por minuto é muita coisa!".
Eu vou explicar.
Isso é uma metáfora que uso. Toda vez que eu via Alma, meu coração acelerava e eu gosto de chamar isso de "100 batimentos por minuto".
Danilo havia mostrado a foto de um pênis para mim, e do lado esquerdo da sala, na carteira colada com a parede, estava sentada Alma.
- Abrahão.
Parei de copiar o que estava no quadro.
- O que foi? - perguntei com a cabeça e o tronco virados para trás, mas com as pernas e os braços para frente.
Eu havia percebido ela sentada ali, é meu coração acelerou: os 100 batimentos por minuto. Seria horrível eu ser humilhado ali na frente dela, então, quando ele terminou de me zoar, tentei revidar.
- Por que você tem a foto de uma piroca no seu celular?
- E a minha...
Depois de falar o que tinha de falar, ele começou a passar o celular em mim, e todos em volta começaram a rir... Menos Alma, que continuou prestando a atenção na matéria que estava no quadro.
♦️
Pronto.
Acho que eu já enrolei a história demais, acho melhor ir direto para a parte que vocês estavam esperando: o desenvolvimento disso tudo, do que me fez começar a contar essa história.
❤️
Tudo se iniciou... Com um rap. Sim. Rap. Rimar com ritmos. Você não entendeu?
Deixe-me explicar direito.
Era um dia chuvoso, e eu deveria ir para a escola, como um adolescente normal, e era mais um dia chato como sempre.
- Nossa aula hoje vai ser diferente... Como todas as aulas! - dizia a professora Luíza - Quero que todos vocês formem grupos com as pessoas que estão perto de vocês!
Eu queria ficar no grupo do Martins ou do Xê, mas eles estavam lá no final da sala. Nós planejamos sempre sentar juntos, mas é tanta gente que há na nossa turma que fica difícil marcar um lugar. Mais precisamente são 43 alunos, mas isso não vem ao caso!
Continuando...
Depois que todos nós formamos os nossos devidos grupos, a professora começou a explicar o cronogramadaquela aula e o motivo de termos que fazer coletivamente o que ela queria.
O negócio era o seguinte, alguém do grupo escolhia uma música com algum tema relevante, e o resto iria escrever a letra da tal música escolhida e um dos integrantes iria cantar! É... Estava uma tremenda confusão no nosso grupo para saber qual música seria, e o nosso tempo já estava acabando e nós ainda não havíamos decidido. Até que eu me lembrei que havia um rap que falava sobre política e que eu havia decorado a letra todinha, porque simplesmente, foi uma das melhores músicas que já escutei na minha vida.
Falei para eles sobre o rap e conseguimos chegar no acordo. E nós nos levantamos e ficamos de pé em frente a todo mundo. O fato dos alunos terem que escrever a letra das músicas escolhidas, era para ler no momento em que estivesse cantando, mas para mim... Para mim não foi nem um pouco necessário!
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A Teoria Da Cor Vermelha
Teen FictionA ficção mais real do Wattpad! Utilizando a linguagem "padrão" do tema de ficção adolescente e romance adolescente, A Teoria Da Cor Vermelha usa isso de forma irônica para contar a história de Abrahão, um jovem, que sofre bullying na escola, e possu...