tormentos surgem.

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Emma fields.

Ela apaga após o homem terminar tudo, ele carrega ela até a cama, e vejo tudo acontecer sentada em uma cadeira... Onde que eu me meti dessa vez?

-Muito bem, quem é você? E como segurou a mão dela?

-Eu sou... Emma, Emma Fields. E como assim segurar a mão dela? Ue seguro a mão de geral... O que isso tem a ver? –Aquele cara tava fumado é?

-Tá ela não te contou nada, bom esquece, vá descansar com ela, assim que ela acordar ela estará 100% e vocês dão o fora daqui.

Ele se levanta e começa a querer sair, tento segurar ele e peço explicações, ele se solta e diz ela que deve contar não eu, ele abre a porta de saída e vai embora.

Olho para o quarto e vejo ela dormir tranquilamente na cama, deito ao seu lado e faço cafuné até que meus olhos se fechem e eu não consiga mais suportar o cansaço.

Victoria Ângelo.

Quando acordo estou bem melhor, olho para o lado e vejo que já são 11 horas da manhã, quando Alfredy chegou a madrugada mal tinha começado. Olho ao outro lado...

-Emma?

Me desespero e arranco o lençol de cima de mim, porém não sinto mais dor em minha costela, passo a mão por cima e não sinto mais nada, nem dor, nem o osso erguido, quando respiro fundo não sinto nada chiar, certamente algo tinha acontecido para que eu tivesse sarado completamente.

-Hey, quer um chá?

Quando olho para a dona da voz, vejo que está de pé na porta do quarto, não usa nada além de minha blusa xadrez. Seu cabelo está preso em um coque alto.

-Sim, eu aceito.

Ela caminha até mim, entrega a xicara de chá quente, eu odeio chá quente, mas ela ainda não sabe, então tento tomar lentamente e sempre assoprando para ver se esfria.

Ela olha para o nada, seu semblante está confuso.

-Eu vi coisas ontem Vic...

-Que coisas?

-Uma luz alaranjada saia da mão de seu tutor e entrava em você, e agora, você está ótima sem um arranhão nem se quer uma farpa... Eu não sei se você colocou algo em minha bebida, ou se realmente aquilo aconteceu...

-Eu jamais te drogaria! Aquilo aconteceu, tem coisas que preciso te contar...

-Então conte!

-Okay, eu não sei muita coisa, mas eu tenho uma maldição okay? –Ela revira os olhos e bufa. –É serio Emm, sabe por que eu nunca beijei ninguém? Por que sou virgem? Todos que eu toco se machucam, o porque eu não sei, quando encosto em alguém, é como se a dor invadisse a pessoa, e a matasse lentamente, eu nunca vi meu pai, recebi uma carta de minha mãe que ela escreveu pouco antes de morrer, onde dizia que esse pai que eu nunca vi... Era um, hãm... Anjo? Ignorando isso deixe eu continuar, estudei em uma escola de freiras onde eu tinha isolamento, não podia encostar em ninguém se não a pessoa sofria, uma vez quis ter um cachorrinho, eu matei ele, por isso a cicatriz em meu braço... quando sai daquela escola eu tinha apenas 09 anos, então vim morar aqui, meu tutor me treinou, sou treinada em artes marciais, sei usar armas, arco e flecha e se duvidar até uma espada. Tenho uma força sobrenatural e me curo muito rápido, porém as cicatrizes persistem, minha irmã não deve ser que nem eu, por que creio que puxei isso de meu pai, e meu tutor eu não sei de nada, nem se ele é sei lá magico ou um curandeiro maluco que fuma maconha todo dia. Não espero que acredite em mim tão facilmente por isso te mostrarei algo.

Me viro para ela, levo minha mão ate sua cabeça e peço para que se concentre, não se mecha e não diga nada.

"Vamos Victoria levante-se! Devo ter 17 anos, estou cansada, não uso blusa somente um top, meu short está rasgado e minhas costas sangram, não aguento mais, 5 lobos me rodeiam, farejam meu sangue e minhas lagrimas, Alfredy está escondido vendo meu treino. Tento me levantar, sinto minhas pernas fraquejarem, a única arma que tenho, uma faca de 20 centímetros está largada a 3 metros de mim, o lobo maior uiva, e os outros me encaram, me abaixo e olho nos olhos desse maior, ele se aproxima de mim, lentamente, olhando a presa, corre, eu me agacho, quando ele pula para cima de mim, me jogo para baixo e saio rolando até alcançar a faca, assim que a pego o lobo marrom ao meu lado me ataca com uma mordida em minha perna, minha mão acerta seu pescoço e ele gani de dor, nem apertei, só encostei a mão em seu pescoço. 'Não use seus dons' resmungo e deixo o lobo chorando enquanto outro avança para mim, a pelagem desse é clara e fica manchada de vermelho quando enfio minha faca em seu estomago, traçando um enorme rasgo, 2 a menos, o maior rosna, a minha frente o líder da alcateia, atrás de mim, um lobo um pouco menor, preto também, eles vem ao mesmo tempo, me agacho e acelero, fugindo deles, corro entre arvores, fazendo ziguezagues, o preto menor me alcança primeiro e morde minha panturrilha, a faca entra em sua orelha, vejo ele ficar desnorteado, soltar minha perna e tombar ao lado, o maior sumiu, e a escuridão da selva toma conta caminho até a lareira, escuto ele vindo em minha direção, não irei esperar, corro até ele e pulo por cima de sua pelagem negra, lhe corto a garganta e sangue esguicha da fenda, fúria, eu quero o gosto da morte, eu quero o gosto da vitória. 'Parabéns Victoria, agora vá se limpar arrumarei a bagunça.' O sangue escorre por minhas costas, e eu arrasto a perna ferida, com sorte, estará tudo sarado amanha de manha."

"Outra visão chega, na verdade a pior visão de todas, aquele cachorrinho novamente, ele no meu colo chorando de dor, ele se debatendo e eu chorando, o que estou fazendo? Ele me mordeu, tiro sua boquinha de meu braço e ele solta a ultima baforada de ar e se vai."

Ela se afasta.

-AAH.

-Calma...

-Você é um monstro!

Quando ela diz isso, me afasto dela, ouvir aquilo e ver o nojo em seus olhos me faz querer chorar.

Levanto-me coloco minha calça e a blusa. Jogo para ela um short.

-Vamos, vou te levar pra casa.

Ela acena com a cabeça se troca e nós damos um adeus para esse lugar.

A maldição tem asasOnde histórias criam vida. Descubra agora