Antes do anoitecer

Capítulo 2

Helloooo, esse cap tem as fotos de como são os personagens e espero que gostem!

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Voltei pra casa cansada e pensativa. O que foi aquilo? Era mesmo um lobo? O que povoavam as lendas da minha cidade e pior, por que ouvi aquela voz na minha cabeça?

Você não devia andar por aí sozinha.

Mas por que eu não devia? E por que consegui ouvir? Eram tantas perguntas e nenhuma resposta concreta. Cheguei em casa.

–Mel! Mel? Onde você estava?

Lola veio correndo na minha direção.

–Eu estava na escola!

Respondi.

–Mas como? Esse rapaz me disse que você estava com ele e você pediu pra ele vir antes e espera-la aqui.

Hãm? O que? Que rapaz? Pensei antes de ver que havia uma figura familiar sentada no meu sofá.

–Sam? O que faz aqui?

Ele me olhou de um jeito como se me dissesse

Não estraga tudo sua louca!

Não sei se ele me disse com o olhar ou ouvi novamente aquela voz dentro da minha cabeça.

–Ah! É, oi Sam, você chegou rápido hein?

Forcei uma descontração.

–Não, vim deixar a matéria pra você.

Ele disse fingindo também, Lola pareceu não perceber.

–Vou deixar vocês conversando.

Ela disse e se retirou.

–Ok, por que está aqui?

Perguntei me jogando no sofá.

–Bom, seu pai me pediu pra ver se você havia chegado bem em casa, e eu vim!

Ele disse falsamente preocupado.

–Mas por que você faria isso? Você me odeia!

Eu disse dizendo uma coisa óbvia.

–Eu não te odeio, só não te aguento.

Ele disse tranquilamente. Me deu vontade de socar aquela cara cínica dele.

–Você já viu né? Já estou em casa. Pode sair.

Eu disse ácida. Ele deu de ombros.

–E a propósito Mel, detesto os nossos pais quererem e tentarem fazer com que nós nos entendamos, nunca daria certo.

Ele disse dando um daqueles risinhos malignos dele e saiu porta afora. Sentei no sofá e impedi que as lágrimas descessem. Quem ele pensava que era? Algum deus grego que achava que podia pisar em mim assim. Fui para o meu quarto e acabei pegando no sono.

–Mel, Mel, filha! Levante-se!

Meu pai me sacudia na beirada da minha cama.

–Hãm, oi papai.

Eu disse sonolenta.

–Se arrume, temos um jantar muito importante.

–Jantar? Que jantar? Mas pai...