31 - Parte 1

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EM COMEMORAÇÃO AOS 30K DE VISUALIZAÇÕES E 5,41K DE VOTOS, CHEGUEI COM MAIS UM CAPÍTULO.

MAIS UMA VEZ, MUITO OBRIGADA PELO CARINHO DE VOCÊS. 30K É UM SONHO, RUMO AOS #50K (UM SONHO BEM ALTO, ADMITO)

AMO VOCÊS.

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Recebi uma mensagem no whatsapp que dizia: "O Golfinho é o seu professor Marcelo. Confirma com ele." E essa mensagem é sem pé, nem cabeça. Como o meu professor é o golfinho? Que eles tinham algumas coincidências, tinham. Mas nunca poderia ser ele. Não, não é ele. Eu me encontrei com o golfinho. O professor é só o professor, disso eu tenho certeza. Não, não tenho certeza de nada agora. Parece que meu mundo virou de cabeça pra baixo. Preciso ligar para o professor para tirar essa história a limpo.

Ele atende com um oi, pelo jeito dele falar parece estar meio atordoado, mas decido ir direto para a pergunta, já chega de ser enrolada.

- Então, você que é o golfinho? - minha garganta ficou seca.

- Vamos conversar na sua casa? Chego aí em poucos minutos. - ele parecia estar bem abalado.

- Antes eu quero saber a verdade, você é ou não é o golfinho?

- Sim, sou eu. - Depois de alguns segundos calado depois da minha pergunta ele respondeu, e eu não sei o que sentir com essa resposta. É um misto de emoção. Eu poderia estar feliz, pois assim não teria que escolher entre o golfinho e ele. Porém, eu fui enganada. Eu perguntei a ele se ele conhecia o golfinho, e ele negou. Eu desabafei do meu encontro com o golfinho. ALIÁS, CALMA, QUEM ERA AQUELE QUE EU ENCONTREI?

- Se você é o golfinho, com quem que eu me encontrei? - minha cabeça girava, nada fazia sentido.

- Posso ir a sua casa? Conversar pessoalmente vai ser melhor. - me dei por vencida, nada no telefone se resolve, preciso olhar nos olhos dele.

- Ok, não demore. Tchau. - Desliguei o telefone e me joguei com tudo na cama. Estava tudo muito confuso, como um borrão. Eu não conseguia achar nexo em nada. Como assim golfinho e professor mesma pessoa?

Desço para a cozinha, preciso beber algo para relaxar, essa conversa seria tensa. A campainha toca, vou atender já sabendo que é ele. Ao abrir a porta o semblante dele não é o dos melhores.

- Oi. - ele disse todo sem graça, eu acharia lindo, se eu não estivesse triste/feliz/nervosa. Eu não sabia o que estava sentido, um desconto, por favor.

- Entre! Sente-se. Quer água?

- Eu aceito. Obrigada. - Sai da sala e fui pegar a água pra ele. Pude perceber que ele estava bem inquieto.

- Aqui. - Entreguei o copo. - Pode começar a contar, por favor? - Pedi com a delicadeza que eu não sabia que tinha.

- Tudo bem. Só me prometa que vai ouvir até o final.

- Tudo bem. Comece.

- Quando eu me mudei de escola, e peguei a sala de vocês para dar aula, eu já senti algo por você, - O meu olhar de espanto foi notável, como assim? - Mas eu não podia falar nada pra você e com você, pois você era minha aluna, e eu não sabia se o sentimento era recíproco, sabe? Não podia arriscar perder a minha carreira que demorei um tempo para conquistar por algo que eu não tinha certeza, entende? - Concordei com a cabeça. - Aí que eu vi você conversando com sua amiga sobre um garoto que você estava conversando no snap e que tinha sido grosso com você. E eu tive a idéia de conversar anonimamente com você por lá.

- Eu sei que você não podia arriscar. Mas porque não conversou comigo normal? Você nunca tinha falado nada comigo além das aulas. Se você tivesse demonstrado algo, mesmo que singelamente, eu teria desconfiado. - eu disse, poxa, ele poderia ter falado comigo pessoalmente, não custava.

- Mais do que eu dei pista? Eu te olhava as aulas inteirinhas, não conseguia tirar o olho de você, - Como eu nunca percebi isso? A Ju até me falava algo, mas eu pensava que fosse fruto da imaginação dela, nunca pensei que pudesse ser algo real. - E aquilo já estava ficando estranho. Eu não sabia o que fazer. Aí eu ouvi você dizer o seu snap a uma menina da sala, anotei num papelzinho e assim comecei a falar com você. No início era pra eu ter coragem de me revelar, mas aí as coisas foram acontecendo, e nada dava certo. No dia que fui te contar no shopping você me deu um bolo, e ali eu perdi a coragem.

- Nossa, que vergonha. Me perdoe por aquele bolo. Eu não sinto confiança em mim mesma. E aquele dia foi bem péssimo pra mim. Desculpe.

- Tudo bem, eu que tenho que pedir desculpas aqui, não você. - Ele deu aquele sorrisinho que eu sempre gostei.

- E o homem que foi se encontrar comigo, quem foi?

- Eu quebrei o celular do meu primo, e ele ficou com o meu. E naquele dia do shopping minha mãe estava internada, lembra? Então, eu não conseguia te avisar, por isso te mandei meu primo, que também é Marcelo. - Isso está ficando cada vez mais complicado pra mim. - Aí mandei ele para poder explicar o que havia acontecido, e pra falar aonde eu estava. Porém, quando ele ia se explicar, aconteceu o acidente. E não teve como ele contar.

- Porque você não pegou o celular do seu primo e me mandou uma mensagem?

- Na hora eu não pensava em nada. Só achei que daria certo.

- Meu Deus, como eu não desconfiei? - me achava burra.

- Você não desconfiou porque eu te mandei uma foto, lembra? E a foto era ele, eu não podia mandar uma foto minha. Por isso que você não desconfiou, pra você tudo estava se encaixando.

- Nossa, nossa. Continue, por favor.

- Aí no refeitório....

- Calma! Aquele dia que você me perguntou "ele te contou?" Nossa, eu estava tão anestesiada por causa da notícia que nem percebi na sua pergunta.

- Então, eu queria muito te contar, acredite. - Aquela frase soou meio desesperada.

- Tudo bem. Vou pegar uma água pra gente. - Entreguei a água a ele, e me sentei para continuar ouvindo.

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Cap. sem revisão.

Who's That? - (Plus Size)Onde histórias criam vida. Descubra agora