Capítulo 12 - A busca

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O passar do tempo trouxe nada mais do que indecisão. A mesma dúvida do dia anterior se estabelecia no convívio dos três cientistas naquela casa abandonada. Precisavam chegar a uma decisão entre se estabelecer naquele local ou atender aos seus instintos e buscar respostas se expondo do lado de fora. A manhã ainda estava no início e aquele seria o melhor momento para saírem em busca de algo.

– Acho que devíamos deixar nossas provisões aqui e estabelecer esse local como base, – Michael estava de pé na sala de estar conversando com suas companheiras – não sabemos se vamos encontrar outros locais para nos abrigarmos.

– Concordo com Michael, – Diana estava sentada ao lado de Talya no sofá – mas devemos levar alguns itens de reserva, não sabemos o que nos espera lá fora.

Talya se levantou e começou a andar pela sala de estar, pensativa. Seu andar, embora movido por dúvidas, era imponente e cada passada era precisa, como se seus pés fossem flechas atingindo alvos no chão.

– Sei que é um assunto delicado, – ela começou – mas o que faremos a respeito da visão que tivemos? Não sei se vocês também acham isso, mas aquela criatura não parece estar tão perdida quanto nós. Creio que se buscamos respostas para o que está acontecendo, ou para o que vai acontecer, devemos encontra-la, seja lá quem, ou o que, for.

Todos concordaram. Arrumaram suas coisas em três bolsas e saíram caminhando rumo ao desconhecido. O sol começava a esquentar o ar e seu brilho refletia sobre a neve que cobria o mar de destruição que se espalhava até onde os olhos enxergavam quando uma segunda visão, semelhante a primeira, os fizera parar. Dessa vez, ficaram não apenas surpresos, como assustados. O que viram de pé sobre uma montanha próxima de onde estavam foi não apenas uma, mas três criaturas de porte semelhante e silhueta humanoide.

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