—Ernesto??!!
A voz era desse imbecil!
Filho da puta!
Que raiva!
Interrompeu bem no momento em que estava quase conseguindo que Cristina se soltasse e confessasse que o desejava, pensava Frederico.Levantou rápido e ajudou Cristina. Observou como ela tentava ajeitar a roupa que estava toda amassada e os cabelos cheios de grama e terra. Estava nervosa e ainda respirava agitada.
Felizmente, Ernesto viu só o cavalo do patrão. Não estava tão próximo e não tinha visto os dois no chão. Mas bastou chegar mais perto para se dar conta do que eles estavam fazendo.Cristina estava vermelha, envergonhada.
Frederico furioso e com um volume nas calças.
Se não fosse o olhar assassino de Frederico, Ernesto estaria rindo da situação embaraçosa.— Ah, desculpe, patrão. Vi seu cavalo e resolvi chamar. Não sabia que tinha companhia. Oi, dona Cristina.
— Oi, Ernesto — conseguiu falar.
Frederico não falou nada. Só metralhava o capataz com o olhar.
— Eu já vou indo. Só estava passando — arrancou com o cavalo pensando como o patrão tinha vontade de matá- lo nesse momento pela interrupção com sua fera.
Cristina virou para o novio, esmurrando-o no peito.
— Seu estúpido, se não fosse Ernesto aparecer, você ia me violar.
— Claro que não, Cristina. Não sou esse tipo de homem — tentava esquivar- se dos golpes. — Não fiz nada contra sua vontade, estava até gostando.
— Nãoo... eu odiei cada toque — parou com as batidas e caiu no choro.
Frederico segurou- lhe as mãos e ela apoiou- se no peito dele, sem força.
Ele a sustentou nos braços e acariciou- lhe os cabelos.— Não chore, meu amor.
— Porque? Porque Frederico você tem que fazer isso comigo? — soluçando no peito dele.
— E o que eu faço com você? — perguntou calmamente.
— Você... você... me perturba... me beija... me toca... e...
— E??
— E nada — empurrou- lhe.
Frederico bagunçava suas ideias, a deixava vulnerável, besta.
Que fazia chorando no peito dele?
Que absurdo! Não podia mostrar debilidade.— Não quero mais te ver por hoje! Não apareça em casa — saiu, pisando duro e subiu no cavalo.
Frederico observou como ela se distanciava. Cristina era tão difícil de entender. Um momento estava embaixo dele, derretendo- se com suas caricias e outro, estava enfurecida e lhe odiando.
— Não vou desistir, Cristina. Ainda vou te domar — falou passando as mãos no cabelo.
Dirigiu- se à sua fazenda.
Ernesto ia descendo da montaria, próximo ao celeiro, quando avistou o patrão.
Tentou novamente subir, mas foi em vão.
Nervoso, atrapalhou-se todo o que permitiu que Frederico o alcançasse.— Vou te matar, filho da puta! — ele ameaçou o capataz, agarrando-o pela gola da camisa e sacudindo-o, violentamente.
Ernesto tremia de medo, conhecia muito bem o gênio do patrão e lamentava, profundamente, ter tido o azar de passar por aquele caminho.
— Eu não fazia ideia que estava com ela. Seu Frederico, não queria atrapalhar. Desculpa, patraozinho — desculpava- se Ernesto.
Frederico o empurrou. Não era culpa do empregado se estava ferrado sexualmente, se sua novia era uma onça, cabeça- dura!
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DOMANDO A FERA
FantasyPode um homem conquistar uma mulher que foge dos homens como o diabo foge da cruz? Um casamento arranjado! Uma mulher de 40 anos e ainda virgem! Nao vai ser facil, Federico Rivero vai ter que lutar muito para ganhar o amor de Cristina Alvarez e doma...