#CAPÍTULO 25

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— Seu Frederico — chamou Vicenta ao entrar no escritório —, dona Cristina mandou chamá-lo para o jantar?

Ele abriu a boca surpreso e até aliviado, a esposa estava em casa! Não tinha saído.

— Ela... ela está aqui? Onde  está? —  perguntou sem conseguir esconder a ansiedade.

— Na cozinha — respondeu. — Disse para o senhor ir logo pois está com muita fome e se demorar não vai esperá-lo.

Frederico soltou o ar dos pulmões, sorriu aliviado. Estava prestes a cometer uma loucura enquanto Cristina só estava jogando com ele. Deveria saber que a esposa jamais iria lhe trair.

— Pode ir, Vicenta. Já estou indo.

Assim que a senhora saiu, guardou o revólver.
Com passos rápidos encaminhou-se para a cozinha. Ao entrar,  a viu sentada à mesa.

— Você demorou — ela disse tentando parecer fria. — Mamãe e papai não vão descer. Portanto, jantaremos somente nós dois.

— Vicenta — ele dirigiu-se à senhora —, pode deixarnos a sós, por favor?

A mulher assentiu, em seguida, retirou-se.
Frederico foi até Cristina, levantou-a da cadeira e, puxando-a de encontro ao peito, deu-lhe um tremendo beijo.
Esmagou-lhe os lábios como castigo; quando suas bocas se separaram, Cristina tinha as pernas bambas, o coração acelerado, a respiração pesada e estava agarrada à camisa dele para  sustentar-se  e não cair ao chão.

— Você é minha! — declarou com voz grave, igualmente agitado — Só minha e de ninguém mais. Não volte a brincar daquela maneira.

— Não estava brincando. Se não quer fazer amor comigo, vou atrás de outro.

Frederico apertou-a mais forte. Ela gemeu.

— Estava a ponto de cometer um assassinato, portanto não jogue mais esse tipo de joguinho.

— Está com ciúmes, Frederico Rivero? — perguntou sarcástica. —  Pois não deveria. E pare de querer resolver as coisas de modo machista.

— Então nunca mais repita aquelas palavras — ele a abraçou como se temesse perdê-la —  Pensei que tivesse saído atrás de Angelo Luís ou ...

A voz masculina foi aquebrantando-se, Cristina se comoveu.

— Oh, meu amor — retribui o abraço, afagando-lhe as costas. — É claro que não iria. Acha que trocaria meu maridão, gostoso, forte, atraente, sexy  por outro? Jamais! Só falei aquilo para irritar você...

— Sou tudo isso que falou? — ele riu, sentando na cadeira com ela no colo.

— O quê? Gostoso, forte, atraente e sexy?? — perguntou com voz macia.

— Sim...

— É isso e muito mais... Por isso não te deixaria por ninguém ainda que me rejeite e não queira fazer amor comigo.

— Entenda, carinho, que depois de tudo que aconteceu, tenho medo de machucar os seres que mais amo nesse mundo: você e nosso bebê — ele pôs uma mão no ventre dela, acariciando-a. — Se passa algo a vocês, eu morro de tristeza.

— Já, meu amor — ela repousou a cabeça no ombro de Frederico. — Não vai acontecer nada. E só para você  ficar mais seguro, amanhã iremos falar com Angelo Luís e aclarar todas essas suas dúvidas.

— Não mencione mais esse nome por hoje, por favor.

— Ciumento! — sorriu. —  Esqueça aquilo que disse no escritório, estava furiosa e queria te atingir de alguma maneira. Só quero você, Frederico Rivero!

DOMANDO A FERAOnde histórias criam vida. Descubra agora