Cristina continuava com seus pensamentos e todos voltados para Frederico, quando a vendedora chamou por seu nome.— Hã? desculpe, me distraí — Cristina tentava justificar-se.
— Sem problemas. Aposto que imaginava seu novio te vendo nessas peças...
— Não! não... não... estava pensando que minha mãe deve esta me esperando — devolveu a peça à moça — já vou indo. Não quero nada mesmo.
— Tem certeza? Seu novio perderá uma ótima vista.
Frederico não perderia nada. Ele jamais ia vê-la em roupas íntimas.
— Meu novio não liga para isso.
— Então compre por você. Imagine como se sentirá mais mulher, mais viva, sedutora, segura... — realmente a moça não desistia de efetuar uma venda.
Cristina pensou...pensou e pensou.
— Está bem. Levarei esse conjunto — pegando a roupa da mão da moça que a pouco tinha observado.
— Muito bem! Ótima escolha! Posso te mostrar mais algumas peças.
Cristina entusiasmou-se tanto que acabou levando vários pares.
Voltou para junto da mãe.— E essas bolsas? — perguntou dona Consuelo.
— Umas coisinhas sem importância — rezando para que a mãe não pedisse para ver.
— Ah... vamos então? — convidou Consuelo.
As duas efetuaram o pagamento e foram para o carro. Colocaram as sacolas no banco de trás.
— Mamãe, de onde veio todo dinheiro para pagar isso tudo? — perguntou, já acomodada no banco de motorista.
— Severiano me deu hoje pela manhã. Acho que tinha guardado ainda daquele pedaço de terra que vendeu.
— Só acho que não devíamos ter gastado em coisas bobas — arrependendo-se de ter comprado as roupas íntimas para ela. — Necessitamos dinheiro para as despesas da fazenda.
— Ora, Cristina! Deixe de resmungar. Você vai casar! É óbvio que precisava. Além do mais, Frederico irá cuidar muito bem da terra. Daqui a pouco, reina a prosperidade de novo como sempre foi.
— Eu que vou cuidar. Sempre cuidei e fui muito bem. Só que apareceram essas pragas e a produção caiu. Depois do casamento, pago a hipoteca e despacho Frederico para o quinto dos infernos. Não preciso dele.
— Pare de falar assim do seu marido.
— Ele não é meu marido!
— Mas vai ser. Em breve.
— Argh!!! Só no papel.
— O quê?
— Nada! Nada, mamãe.
— Hummm... E presta atenção na direção. Esquece um pouco o Frederico.
— Eu não estou pensando nele!
— Claro que está. Olhe só para você. Está alterada. Nervosa. Com raiva. Vai acabar causando um acidente.
Cristina abriu a boca para protestar mas calou- se. Sua mãe estava certa. Continuou dirigindo, dessa vez em silêncio.
Num certo ponto da estrada, o carrou parou inesperadamente.— O que foi? — perguntou Consuelo ao ver que a filha tentava ligar novamente o motor e este não funcionava.
— Não sei. Não quer pegar — olhando para a mãe. — E agora?
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DOMANDO A FERA
FantasyPode um homem conquistar uma mulher que foge dos homens como o diabo foge da cruz? Um casamento arranjado! Uma mulher de 40 anos e ainda virgem! Nao vai ser facil, Federico Rivero vai ter que lutar muito para ganhar o amor de Cristina Alvarez e doma...