#CAPÍTULO 11

5.6K 300 10
                                    


Frederico  abriu os olhos e, lentamente,  percebeu  o corpo feminino e fresco ao seu lado. Era Cristina, sua esposa.
Estava deitada  sobre ele com uma das mãos apaioda no seu peito . Tinha uma perna reta e outra flexionada por sob as deles. O lençol havia escorregado e cobria apenas parte das nádegas, deixando as costas nuas e as coxas também expostas, um seio escondido pelo braço mas o outro, estava à mostra, exibindo o mamilo escurecido. 

Uma visão espetacular, que endureceu muito rápido uma parte do corpo masculino.
Fechou os olhos com força, tentando se controlar e ao abrir, notou que havia umas pequenas marcas roxas pelo corpo. Talvez, estivesse sido muito intenso. Mas, ao vê- la sorrir em sonhos, parecia que não se importaria.
Frederico poderia passar o dia contemplando-a e assim fez por um tempinho, enquanto os raios de sol penetravam o quarto.
Parecia um milagre! Agora todas as manhãs acordaria com a esposa do lado. O único problema é que não sabia como ela reagiria. Por hora, não pensaria nisso. Assim que aconchegou-se mais a sua mulher, mantendo-a pegada ao corpo e voltou a dormir.

*Fazenda Bananal*

Uma visita que ninguém esperava, nem mesmo Severiano que estava doente.
Com sua maletinha na mão e um enorme sorriso, mostrando os trezentos dentes, o homem  foi recebido pelo olhar espantada da empregada.
Talvez esse par de olhos surpreendido, fosse  devido ao fato de estar bonito ou seria pelo horário tão cedo da manhã??

— Não esperávamos o senhor por aqui.Mas entre, doutor. Espere só instante que vou avisar os patrões — pediu Vitoria  à João Luís, antes de subir às escadas.

— Sente- se, doutor. Então  que trás o senhor por essas redondezas? —  perguntou Vicenta que havia ficado para fazer- lhe companhia.

— Pois vim revisar seu Severiano, prometi a Cristina que cuidaria pessoalmente dele — Angelo Luís sentou-se devagar, ainda sentia  dores em suas partes íntimas por conta da cavalgada sem cela.

— E Cristina, ainda dormindo?

— Ah, o doutor não sabe? Cristina está em lua de mel em Vila Hermosa.

O pulo que o médico  deu pelo espanto, fez suas coxas doerem mais. Fez uma careta de dor.

— O senhor está bem? — sorrindo por dentro ao perceber a decepção nos olhos do visitante.

— Sim... —  voltando a se  sentar — É só um incômodo nas pernas, estou bem.

Não esperava essa notícia, sabia que ela  estava noiva de Frederico mas não imaginava que se casariam tão rápido. Agora seus planos de conquistas ficavam mais difíceis de  serem executados. Havia lutado contra aquelas dores provocadas pelo rude  fazendeiro, somente para vê- la e resultava que agora estava casada e em lua de mel.
Queria fugir dali, mas como tinha o usado o pretexto de revisar Severiano não podia abandonar a fazenda até ver seu paciente.

Enquanto isso, Vitoria tocava a porta do quarto dos patrões.

— O que foi? — Consuelo abriu a porta, somente de robe e com os olhos ainda sonolentos.

— Senhora, desculpa interrompê- la, mas o doutor Angelo Luís está aí embaixo e veio revisar seu Severiano.

— Mas a essa hora? Mas tão cedo e ninguém o chamou...

— Agora não se pode dormir nessa casa? — resmungou Severiano que havia ouvido  a conversa. — Esse doutorzinho não tem uma mulher para mantê- lo ocupado pelas manhãs?

As mulheres olharam para ele e sorriram.

— O que eu faço, dona Consuelo? — voltou-se para a patroa.

DOMANDO A FERAOnde histórias criam vida. Descubra agora