#CAPÍTULO 28

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A volta para casa foi em silêncio.
Frederico estava irritado. Cristina negava-se a dialogar apesar da insistência dele. Até que deu-se por vencido e calou-se.
Não era culpa sua se Débora o achava atraente e cismou em flertar com ele.

Frederico só queria Cristina!
Deu um soco no volante, se Débora atrapalhasse seu casamento ela ia se arrepender. Já tinha pedido para que se mantivesse afastada.
Mulher oferecida!
Por outro lado, Cristina também estava furiosa por ter quase caído na cilada de Estela. Quando a viu, juntou os fatos.

Tinha certeza que Débora estava a mando da ex- empregadinha.
E a loira oxigenada estava aproveitando para tirar uma casquinha de seu marido.

Ela chegou a tempo de ver Frederico rejeitando a moça, mas mesmo assim ficava irritada pelo simples fato de ter visto outra mulher aproximar-se de Rivero.

E por esse motivo não queria conversa.
Sabia que a culpa não era dele,  afinal Frederico  era um homem muito bonito, atraente, forte e bem aperfeiçoado que era impossível as mulheres não notarem e se interessarem por ele.
Mas Frederico Rivero  era seu marido! Era casado com ela!
Será que era tão difícil para as outras entenderem?
Tudo bem que a princípio, a relação dos dois era somente um contrato, sem sentimentos envolvidos. Porém no coração não se manda nem se pode controlar, surgiu entre eles um amor verdadeiro. Um amor que apesar da resistência de Cristina, tomou raízes e  era mais intenso. Ela sabia que ambos amavam-se desesperadamente, tanto que logo teriam um filho e aquele contrato já não importava mais. A cada dia que passava esse sentimento fazia-se mais presente e mais forte.
Mas seus ciúmes a impediam de  dar o braço a torcer.

Estava com raiva de Débora e Estela  por tentarem estragar o seu casamento, porém o que elas não sabiam era que Cristina faria de tudo para não se deixar manipular pelas armaçoes das  mal-amadas!
Estava esperando a raiva passar para conversar com Frederico.
Porém não foi preciso esperar muito.
A caminhonete tomou um rumo diferente e Cristina estranhou.

— Frederico, onde vamos? Esse não é o caminho de casa — observou Cristina.

— Eu sei — disse mal humorado. — Vamos conversar num lugar tranquilo. Dessa vez você vai ouvir tudo que tenho  para te dizer.

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— Você é uma incompetente! — gritou Estela ao empurrar Débora contra o sofá.

Estela havia ajudado a loira somente para que Cristina a visse; queria que a ex-senhora  soubesse que  estava por perto.
Estava fervendo de raiva.
E descarregou seu ódio na cúmplice.

— Que fiz de errado? — reclamou Débora. — Eu tenho certeza que já implantei a desconfiança em Cristina.

— Não é o suficiente!! A pouco foi a oportunidade perfeita para beijar Frederico e fazer com que Cristina os visse mas nem para isso serve — disse Estela. — O máximo que conseguiu foi um tapa e bem feito.

— Se acha ruim o que já fiz — a loira levantou e foi até Estela ficando cara a cara numa atitude desafiante.

— Vá você e faça melhor. Ou será que não sabe seduzir um homem?

— Cala a boca, estúpida!

— Se recorreu a mim é porque não sabe — continuou com desdém. — Você nunca passou de uma empregadinha fedorenta. Não foi capaz de segurar Frederico porque não é mulher suficiente para enlouquecer um homem. Eu sim, sou jovem bonita, sexy e cheirosa...

Débora levou outro tapa, dessa vez de Estela que a interrompeu mais furiosa ainda.

— O que foi? Doeu o que disse? — ironizou Débora com a mão no rosto.

DOMANDO A FERAOnde histórias criam vida. Descubra agora